Processos formativos mediados por tecnologias emergentes no estado de Rondônia em tempos de pandemia: o que dizem os professores?
DOI:
https://doi.org/10.15536/reducarmais.5.2021.2140Palavras-chave:
Formação de professores, Ensino Remoto Emergencial, Mediação, Tecnologias Emergentes, Pandemia de COVID-19Resumo
Esta pesquisa investigou, a partir das percepções dos (denominados) professores articuladores de um processo de formação continuada realizado em Rondônia, via Ensino Remoto Emergencial, limites e possibilidades que permearam o uso de tecnologias nesse processo. Adotou-se teoricamente o conceito vygotskiano de mediação e a perspectiva de Tecnologias Emergentes (TE) para discutir a problemática. Os dados, provenientes de um questionário online e de observação participante, foram analisados à luz da análise textual discursiva e produziram os seguintes achados: i. em uma perspectiva vygotskiana, as tecnologias utilizadas atuaram na condição de ferramentas e de signos na atividade mediadora formação remota; ii. as aprendizagens mais relevantes, segundo os professores, foram as relativas ao uso das TE durante as formações, mais mencionadas até do que os conteúdos trabalhados; iii. as principais dificuldades relatadas foram a conexão de internet ruim nos municípios e a falta de conhecimento sobre o uso das tecnologias pelos professores; iv. os docentes se mostraram conscientes da importância do domínio de tecnologias na condição de educadores e otimistas com relação ao seu uso pedagógico em um cenário pós-pandemia.
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