Jovens escolarizados de Viamão (RS): percepções de si e da juventude
DOI:
https://doi.org/10.15536/reducarmais.9.2025.4094Palavras-chave:
jovens, juventudes, direito à educação, escola, grupo focalResumo
O campo de pesquisa das juventudes busca também analisar e conhecer as relações desses sujeitos com a educação e a escola. O objetivo geral da pesquisa foi entender como jovens escolarizados de Viamão percebem e vivem sua condição juvenil. Para alcançar tal objetivo, foram realizadas sete observações em diversos momentos da rotina escolar e foram realizados dois Grupos Focais, com participação de 20 jovens. A análise de dados utilizou a técnica de análise de conteúdo e considerou questões éticas como a não identificação dos jovens-estudantes e da instituição escolar cenário da pesquisa. Constatou-se que as juventudes estudadas têm plena consciência de sua condição juvenil e são capazes de perceber as diferentes situações que os jovens enfrentam durante o período de escolarização. Conciliar trabalho e estudo foi apresentada como a maior dificuldade desta juventude periférica, que convive com a necessidade de contribuir no orçamento familiar, deslocando-se para o trabalho em Porto Alegre, sem abandonar a escola. Este estudo, ancorado nas Geografias das Juventudes, revelou a necessidade de refletir o papel da escola no presente, influenciando os projetos de vida das juventudes.
Downloads
Referências
ABRAMO, Helena Wendel. Condição juvenil no Brasil contemporâneo. In: ABRAMO, Helena Wendel; BRANCO, Pedro Paulo Martoni (org.). Retratos da juventude brasileira: análises de uma pesquisa nacional. 1. ed. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo, 2005. p. 37-72.
ABRAMO, Helena Wendel. Considerações sobre a tematização social da juventude no Brasil. Revista Brasileira de Educação, São Paulo: ANPEd, n. 5, maio-agosto; n. 6, setembro-dezembro, p. 25-36, 1997. Disponível em: http://educa.fcc.org.br/scielo.php?pid=S1413-24781997000200004&script=sci_abstract. Acesso em: 10 de jan. 2025.
BARDIN, Laurence. Análise de Conteúdo. São Paulo: Edições 70, 2011.
BRASIL. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Resolução n° 510, de 7 de abril de 2016. Disponível em: http://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2016/Reso510.pdf. Acesso em: 10 de jan. 2025.
BRASIL. Lei nº 12.852, de 5 de agosto de 2013. Institui o Estatuto da Juventude e dispõe sobre os direitos dos jovens, os princípios e diretrizes das políticas públicas de juventude e o Sistema Nacional de Juventude - SINAJUVE. Brasília, 5 ago. 2013. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12852 Acesso em: 10 de jan. 2025.
CASSAB, Clarice. Contribuição à construção das categorias jovem e juventude: uma introdução. Revista de História, Juiz de Fora, v. 17, n. 2, p. 145-159, 2011.
CASSAB, Clarice. Pensando juventudes e cidade a partir da experiência de jovens cotistas. In: OLIVEIRA, Victor Hugo Nedel (org.). Geografias das Juventudes. Porto Alegre, RS: GEPJUVE, 2023. p. 191.
CONCEIÇÃO, Lilian Feingold. Coordenação Pedagógica: princípios e ações em formação de professores e formação do estudante. Porto Alegre: Mediação, 2010.
FERREIRA, Priscylla Ramalho Dias; OLIVEIRA, Sebastião Everton de. Juventudes e Participação Política. Belo Horizonte: Fino Traço Editora, 2021. Ebook, 40 p.
GIL, Antonio Carlos et al. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 2002.
GREQUE JUNIOR, Leonardo da Silva; COLARE, Vitória Lima; CHAIGAR, Vânia Alves Martins; CORRÊA, Alisson Souza. Juventudes escolares e o direito à escuta: Algumas considerações. Anais do Seminário de Educação, Diversidade e Direitos Humanos, [S. l.], v. 2, n. 1, p. 01–05, 2024. DOI: 10.56579/sedh.v2i1.1137. Disponível em: <https://revistas.ceeinter.com.br/anaisdoseminarioeducacaodiversid/article/view/1137> . Acesso em: 10 de jan. 2025.
GROPPO, Luís Antonio. Teorias críticas da juventude: geração, moratória social e subculturas juvenis. Em Tese, Florianópolis, v. 12, n. 1, jan./jul. 2015.
GROPPO, Luis Antonio. Juventudes: Sociologia, Cultura e Movimentos. Alfenas: Universidade Federal de Alfenas, 2016.
MINAYO, Maria Cecília de Souza (Org.). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Petrópolis: Vozes, 2001.
OLIVEIRA, Victor Hugo Nedel. Somos jovens: o ensino de geografia e a escuta das juventudes. 2015. Dissertação (Mestrado em Geografia) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2015. Disponível em: <https://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/128887> . Acesso em: 10 de jan. 2025.
OLIVEIRA, Victor Hugo Nedel. Juventudes e Educação: estado da arte de publicações em revistas A1 de universidades federais brasileiras (2010 – 2019). Revista Educar Mais, [S. l.], v. 5, n. 2, p. 358–372, 2021. Disponível em: https://periodicos.ifsul.edu.br/index.php/educarmais/article/view/2279. Acesso em: 13 jan. 2025.
OLIVEIRA, Victor Hugo Nedel. Geografias das juventudes: A construção do estado da arte na pós-graduação brasileira. Para Onde!?, Porto Alegre, v. 17, n. 2, p. 59–78, 2023. Disponível em: <https://seer.ufrgs.br/index.php/paraonde/article/view/130242> . Acesso em: 10 de jan. 2025.
OLIVEIRA, Victor Hugo Nedel (org.). Geografias das Juventudes. Porto Alegre, RS: GEPJUVE, 2023. 191 f.
PAIS, J. M. Das regras do método, aos métodos desregrados. Tempo Social, São Paulo, v. 8, n. 1, p. 85–111, jan. 1996.
PINTO, Danielle Kepe de Souza; IMBRIZI, Jaquelina Maria. Pontes na assistência social: a criação de um dispositivo de cuidado entre juventudes. Estilos da Clínica, São Paulo, Brasil, v. 26, n. 3, p. 616–631, 2021. DOI: 10.11606/issn.1981-1624.v26i3p616-631. Disponível em: <https://www.revistas.usp.br/estic/article/view/178050> . Acesso em: 10 de jan. 2025.
REIS, A. A. C. dos; MALTA, D. C.; FURTADO, L. A. C. Desafios para as políticas públicas voltadas à adolescência e juventude a partir da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE). Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 23, n. 9, p. 2879–2890, set. 2018.
SANTOS, Milton. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo: Hucitec, 1996.
SEPÚLVEDA, María Eugenia Villa. Del concepto de juventud al de juventudes y al de lo juvenil. Revista Educación y Pedagogía, Medellín, v. 23, n. 60, p. 147-157, maio-agosto 2011. Disponível em: <https://revistas.udea.edu.co/index.php/revistaeyp/article/view/REYP60-Villa> Acesso em: 10 de jan. 2025.
SILVA, Gabrielle Bezerra da; OLIVEIRA, Victor Hugo Nedel. Quem são os jovens que vivenciam o “novo” Ensino Médio? Um estudo de caso em Porto Alegre/RS. Revista Educar Mais, [S. l.], v. 7, p. 915–930, 2023. Disponível em: https://periodicos.ifsul.edu.br/index.php/educarmais/article/view/3442. Acesso em: 13 jan. 2025.
SOUZA, Regina Magalhães de. Protagonismo juvenil: o discurso da juventude sem voz. Revista Brasileira de Adolescência e Conflitualidade, v. 1, n. 1, p. 1-28, 2009. Disponível em: <https://www.usp.br/ReginaMagalhaes_Protagonismo-juvenil-o-discurso-da-juventude-sem-voz.pdf> . Acesso em: 10 de jan. 2025.
TOMIZAKI, K.; DANILIAUSKAS, M. A pesquisa sobre educação, juventude e política: reflexões e perspectivas. Pro-Posições, Campinas, v. 29, n. 1, p. 214–238, jan. 2018.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Raquel Amaro da Silveira Torres, Victor Hugo Nedel Oliveira

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
DECLARAÇÃO DE RESPONSABILIDADE: Certifico que participei da concepção do trabalho, em parte ou na íntegra, que não omiti quaisquer ligações ou acordos de financiamento entre os autores e companhias que possam ter interesse na publicação desse artigo. Certifico que o texto é original e que o trabalho, em parte ou na íntegra, ou qualquer outro trabalho com conteúdo substancialmente similar, de minha autoria, não foi enviado a outra revista e não o será enquanto sua publicação estiver sendo considerada pela Revista Educar Mais, quer seja no formato impresso ou no eletrônico.
O autor responsável pela submissão representa todos os autores do trabalho e, ao enviar o artigo para a revista, está garantindo que tem a permissão de todos para fazê-lo. Da mesma forma, assegura que o artigo não viola direitos autorais e que não há plágio no trabalho. A revista não se responsabiliza pelas opiniões emitidas.
A Revista Educar Mais é de acesso aberto (Open Access), sem que haja a necessidade de pagamentos de taxas, seja para submissão ou processamento dos artigos. A revista adota a definição da Budapest Open Access Initiative (BOAI), ou seja, os usuários possuem o direito de ler, baixar, copiar, distribuir, imprimir, buscar e fazer links diretos para os textos completos dos artigos nela publicados.
Todos os artigos são publicados com a licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional. Os autores mantém os direitos autorais sobre suas produções, devendo ser contatados diretamente se houver interesse em uso comercial dos trabalhos.