Que mulher é essa? A representação da mulher nos livros didáticos de ciências e biologia
DOI:
https://doi.org/10.15536/reducarmais.6.2022.2733Palavras-chave:
Ensino, Feminismo, Gênero, História da ciênciaResumo
No decorrer da história da ciência notamos a ausência de mulheres como protagonistas de feitos científicos. O objetivo da presente pesquisa é investigar a forma como a mulher é representada nos livros didáticos de ciências do Ensino Fundamental II e de biologia do Ensino Médio. Os livros de ciências e biologia selecionados para análise foram os escolhidos no último Programa Nacional do livro Didático (PNLD), pelos professores do município de Ivaté, região noroeste do Paraná. Após a escolha dos livros, foi feita uma leitura por esgotamento, identificando as diferentes representações femininas. As representações foram selecionadas e analisadas quanto ao seu conteúdo e contexto histórico crítico. Os resultados obtidos nesse levantamento sugerem uma necessidade de reflexão acerca de novas possibilidades pedagógicas para a consolidação da visão baseada na igualdade de gêneros e fortalecimento da figura feminina na história da ciência.
Downloads
Referências
ALBERTO, Diana; SANJAD, Nelson. Emília Snethlage (1868-1929) e as razões para comemorar seus 150 anos de nascimento. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas, Belém, v. 14, n. 3, p. 1047-1070, set.-dez. 2019.
ALMEIDA, A. Sob o peso do gênero: análise da (in)visibilidade das mulheres da física no livro didático do ensino médio. 2017. 6 f. Trabalho de Conclusão de Curso – Universidade Estadual da Paraíba, Patos, 2017.
ALMEIDA, Maria Rozana; COSTA RIBEIRO, Paula Regina; MACHADO VILAÇA, Maria Teresa. TORNAR-SE CIENTISTA: NARRATIVAS DE MULHERES PESQUISADORAS NO CONTINENTE ANTÁRTICO. Diversidade e Educação, [S.l.], p. 96 -122, mar. 2020. ISSN 2358-8853. Disponível em: <https://periodicos.furg.br/divedu/article/view/9804/7252>. Acesso em: 26 ago. 2020. doi:https://doi.org/10.14295/de.v8iEspeciam.9804.
ANDERSSON, K. It’s Funny that We Don’t See the Similarities when that’s what We’re Aiming for — Visualizing and Challenging Teachers’ Stereotypes of Gender and Science. Research in Science Education. V. 42, n. 2, 2012, p. 281-302.
BARDIN, Laurence. Análise de Conteúdo. Lisboa: Edições 70, 2011.
BATISTA, I. de L. et al. Gênero Feminino e Formação de Professores na Pesquisa em Educação Científica e Matemática no Brasil. In: Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências, 2011.
BEAUVOIR, S. O Segundo Sexo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1980.
CALANDRA, M. Género, ciencia y tecnología. IV Congreso Argentino de Ingeniería – X Congreso Argentino de Enseñanza de la Ingeniería. Córdoba, 2018.
CARNEVALLE, Maíra Rosa. Araribá mais: Ciências – 6º ano. Organizadora Moderna; obra coletiva, concebida, desenvolvida e produzida pela Editora Moderna. 1. ed. São Paulo: Moderna, 2018a.
CARNEVALLE, Maíra Rosa. Araribá mais: Ciências – 7º ano. Organizadora Moderna; obra coletiva, concebida, desenvolvida e produzida pela Editora Moderna. 1. ed. São Paulo: Moderna, 2018b.
CARNEVALLE, Maíra Rosa. Araribá mais: Ciências – 8º ano. Organizadora Moderna; obra coletiva, concebida, desenvolvida e produzida pela Editora Moderna. 1. ed. São Paulo: Moderna, 2018c.
CARNEVALLE, Maíra Rosa. Araribá mais: Ciências – 9º ano. Organizadora Moderna; obra coletiva, concebida, desenvolvida e produzida pela Editora Moderna. 1. ed. São Paulo: Moderna, 2018d.
CAVALLI, M. B.; MEGLHIORATTI, F. A. A participação da mulher na ciência: um estudo da visão de estudantes por meio do teste DAST. ACTIO: Docência em Ciências. Curitiba, v. 3, n. 3, p. 86-2, set./dez. 2018. Disponível em: https://periodicos.utfpr.edu.br/actio/article/view/7513/5648. Acesso em: 24 nov 2020.
CONCEIÇÃO, J.; TEIXEIRA, M. Mulheres na ciência: um estudo da presença feminina no contexto internacional. Tear: Revista de Educação Ciência e Tecnologia, Canoas, v.7, n.1, 2018.
DELIZOICOV, D; ANGOTTI, J. A.; PERNAMBUCO, M.M. Ensino de Ciências:
fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2002.
DEROSSI, I.; FREITAS-REIS, I. “Uma educadora científica do século xix e algumas questões sexistas por ela enfrentadas: Marie Curie superando preconceitos de gênero”. Rev. Educación química, v.30, n. 4, p.89-97, 2019.
FARJADO, V. Brasil e Portugal Têm Maior Percentual de Mulheres Autoras de
Artigos Científicos. G1 Educação, 2017. Disponível em:
percentual de mulheres autoras de artigos científicos, diz estudo>. Acesso em: 02 nov
FERRETTI, Federico. Imperial ambivalences. Histories of lady travellers and the French explorer Octavie Renard-Coudreau (1867-1938). Geografiska Annaler: Series B, Human Geography, Londres, v. 99, n. 3, p. 238-255, Jun 2017.
FISHER, E.; PETERS, J. Mary Frances Lyon (1925-2014). Cell, Reino Unido, v. 160, n. 4, p. 577-578
FLACH, P.; PINO, J. Afinal, para que servem a história e a filosofia da biologia?. Educação Por Escrito, Porto Alegre, v. 7, n. 2, p. 236-252, 2016.
GROSSI, R. et al. As mulheres praticando ciência no Brasil. Estudos feministas. Florianópolis. v.24, n.1, p.11. 2016.
GONÇALVES, O. et al. A invisibilidade das mulheres na história da ciência: estudo de caso dos livros didáticos do sexto ao nono ano. Braz. J. of Develop, Curitiba. v.5, n.9, p. 15463-15485. 2019.
HEERDT, B.; BATISTA, I. Unidade didática na formação docente: natureza da ciência e a visibilidade de gênero na ciência. Rev. Experiências em ensino de ciências. v.11, n.2. 2016.
HEERDT, B.; BATISTA, I. Saberes docentes: mulheres na ciência. XI Enc. Nac. de Pesq. em Educ. em Ciênc. Florianópolis. 2017.
HYRYCENA, A. et al. “Como ficará a superioridade masculina?: Marie Curie e o “fim” da submissão das mulheres nas ciências. Braz. J. of Develop, Curitiba. v. 6, n.5,p.24899-24908. 2020.
JOEL, D. et al. Sex beyond the genitalia: The human brain mosaic. PNAS, EUA, v. 112, n. 50, p.1-6, 15 dez. 2015. Disponível em:http://www.pnas.org/content/112/50/15468.full.pdf . Acesso em: 06 jan. 2020.
JUSTINA, Lourdes; SILVA, Aline. História da ciência em livros didáticos de biologia: os conceitos de genótipo e fenótipo. Rev. Educ. Ci. Tec. Florianópolis. v.11, n.1, p. 333-357, 2018.
KELLER, E. F. Qual foi o impacto do feminismo na ciência?. Cadernos Pagu, Campinas, n. 27, p. 13-34,2006
LIMA, B. et al. Participação das mulheres na ciência e tecnologia: entre espaços ocupados e lacunas. Gênero. Niterói. v.16, n,1, p. 11-31, 2015
LINO, Tayane Rogeria; MAYORGA, Cláudia. As mulheres como sujeitos da Ciência: uma análise da participação das mulheres na Ciência Moderna. Sau.&Transf. Soc.Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, v.7, n.3,pp.96-107, 2016.Disponível em:
http://incubadora.periodicos.ufsc.br/index.php/saudeetransformacao/article/view
/4239/4651. Acesso: 25 ago 2020.
LAZZARINI, A. B. et al. Mulheres na Ciência: papel da educação sem desigualdade de gênero. Rev. Ciênc. Ext. v.14, n.2, p.188-194, 2018.
MACHADO, M. C. F. et al. Mulheres na ciência: Divulgando possibilidades de carreira científica com escolares. Rev. Ciênc. Ext. v.14, n.1, p.43-53, 2018.
MARCONI, M.A. M.; LAKATOS, E. M. Metodologia científica. 7.ed. – São Paulo, Atlas, 2017.
MATTHEWS, Michael. História, Filosofia e Ensino de Ciências: a tendência atual de reaproximação. Caderno Catarinense do Ensino de Física, v. 12, n. 3, p. 164-214, 1995.
NOBELPRIZE.ORG. Nobel Prize Awarded Women. 2019. Disponível em: http://www.nobelprize.org/nobel_prizes/lists/women.html . Acesso em: 06 jan. 2020.
OGO, M., GODOY, L. #contato Biologia. 1º ano, 1 ed. – São Paulo: Quinteto Editorial, 2016.
OGO, M., GODOY, L. #contato Biologia. 2º ano, 1 ed. – São Paulo: Quinteto Editorial, 2016.
OGO, M., GODOY, L. #contato Biologia. 3º ano, 1 ed. – São Paulo: Quinteto Editorial, 2016.
OLIVEIRA, B. P. de. A imortalidade do útero de Henrietta Lacks: Um olhar literário sobre questões éticas, de gênero e raça. Amazônica - Revista de Antropologia, [S.l.], v. 10, n. 1, p. 60-80, ago. 2018. ISSN 2176-0675. Disponível em: <https://periodicos.ufpa.br/index.php/amazonica/article/view/5854/4853>. Acesso em: 25 nov. 2020. doi:http://dx.doi.org/10.18542/amazonica.v10i1.5854.
PEREIRA, Elenita M. “Rachel Carson, ciência e coragem”. Ciência Hoje, v. 50, p. 72- 73, 2012. Disponível em: http://cienciahoje.org.br/artigo/rachel-carson-ciencia-ecoragem. Acesso em 25 de nov de 2020.
PIRES, Mayara; SILVA, Elenita. Os (não) ditos acerca da mulher na ciência em livro didático de biologia. III Seminário Internacional Corpo, Gênero e Sexualidade e III Luso-Brasileiro Educação em Sexualidade, Gênero, Saúde e Sustentabilidade. Rio Grande do Sul, 2018.
RIBEIRO, L. Crítica feminista, arqueologia e descolonialidade: sobre resistir na ciência. Revista de Arqueologia, v. 30, n. 1, p. 210-234, 3 jul. 2017.
ROSA, K.; SILVA, G. Feminismo e ensino de ciências: análise de livros didáticos de física. Gênero, Niterói. v.16, n.1, p.83-104. 2015.
ROSENTHAL, Renata; REZENDE, Daisy. Mulheres cientistas: um estudo sobre os estereótipos de gênero das crianças acerca de cientistas. Seminário Internacional Fazendo Gênero 11 & 13th Women’s Worlds Congress. Florianópolis, 2017.
SANTO, V.; GOMES, E. Ciência e Igualdade de Gêneros: Estudos sobre a presença da Mulher na Ciência numa Perspectiva Histórico-Cultural. Revista Interdisciplinar de Tecnologias e Educação. 2015.
SANTOS, Paloma Nascimento dos. Arte, ciência e gênero: Marie-Anne, Lavoisier e a análise de um casal científico. Redequim, Pernanbuco. v.4, n.2, p154-173. 2018
SANTOS, Paloma Nascimento dos. Gênero e Ciências em três corpos de Maria.
Orientadora: Rochele de Quadros Loguercio. 2018. 108 f. Tese (Doutorado em Educação em
Ciências.) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2018.
SCHIFFER, Hermann; MARQUES, Mary. Problematizando a representatividade da mulher na Ciência através da escrita de Narrativas Históricas. – XII ENPEC Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, RN, 2019.
SILVA, I. Ciência no feminino: um estudo sobre a presença da mulher docente na pós-graduação da UFPE. Caruaru-PE, 2015.
SILVA, M. R.; PASSOS, M. M.; VILLAS BOAS, A. A história da dupla hélice do DNA nos livros didáticos: suas potencialidades e uma proposta de diálogo. Rev. Ciênc. Educ. Bauru. v.19, n.3, p.599-616, 2013
SILVA, Raquel Ribeiro da. Mulheres da química: apagamento(?) do feminino em narrativas circulantes no meio científico. 2020. 57 f. Monografia (Graduação) - Universidade Federal da Paraíba, Areia, 2020.
SILVA, R. E. A (in)visibilidade das mulheres no campo científico. Travessias, Cascavel, v. 2, n. 2, ago. 2008. ISSN 1982-5935. Disponível em: <http://e-revista.unioeste.br/index.php/travessias/article/view/3026/2370>. Acesso em: 20 ago. 2020.
SILVA, R. As controvérsias a respeito da participação de Rosalind Franklin na construção do modelo da dupla hélice. Rev. Scientiae studia. São Paulo. v. 8, n.1, p.69-92, 2010.
SOUSA, Célia et al. Representação da mulher em livros didáticos de química. Scientia Naturalis, v. 1, n. 4, p. 241-253, 2019
SOUZA, Ludimila; ÁVILA, Maria. Mulheres na ciência e tecnologia: revisão de literatura. Revista Científica On-line Tecnologia – Gestão – Humanismo. v. 10, n. 1, p. 127-142, 2020.
TINDALL, T.; HAMIL, D. B. Gender disparity in science education: the causes, consequences, and solutions. Education, v. 125, n. 2, p. 282-295, 2004.
VELOSO, Ataiany. et al. O conceito de história da ciência e seu impacto para a educação em ciências. Rev. Areté. v.4, n.7, p 80-87,2017.
VOLPATO, G.; MORAIS, J. A invisibilidade das mulheres na ciência: história e conjuntura atual. Seminário de filosofia e sociedade. Criciúma-SC, 2019.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Juliana Vieira de Souza, Marcelo Alberto Elias
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
DECLARAÇÃO DE RESPONSABILIDADE: Certifico que participei da concepção do trabalho, em parte ou na íntegra, que não omiti quaisquer ligações ou acordos de financiamento entre os autores e companhias que possam ter interesse na publicação desse artigo. Certifico que o texto é original e que o trabalho, em parte ou na íntegra, ou qualquer outro trabalho com conteúdo substancialmente similar, de minha autoria, não foi enviado a outra revista e não o será enquanto sua publicação estiver sendo considerada pela Revista Educar Mais, quer seja no formato impresso ou no eletrônico.
O autor responsável pela submissão representa todos os autores do trabalho e, ao enviar o artigo para a revista, está garantindo que tem a permissão de todos para fazê-lo. Da mesma forma, assegura que o artigo não viola direitos autorais e que não há plágio no trabalho. A revista não se responsabiliza pelas opiniões emitidas.
A Revista Educar Mais é de acesso aberto (Open Access), sem que haja a necessidade de pagamentos de taxas, seja para submissão ou processamento dos artigos. A revista adota a definição da Budapest Open Access Initiative (BOAI), ou seja, os usuários possuem o direito de ler, baixar, copiar, distribuir, imprimir, buscar e fazer links diretos para os textos completos dos artigos nela publicados.
Todos os artigos são publicados com a licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional. Os autores mantém os direitos autorais sobre suas produções, devendo ser contatados diretamente se houver interesse em uso comercial dos trabalhos.