Práticas aquáticas e a autonomia dos estudantes autistas: um estudo bibliográfico
DOI:
https://doi.org/10.15536/reducarmais.9.2025.4122Palavras-chave:
Autismo, Autonomia, Transtorno do Espectro Autista, Práticas aquáticas, Educação Física EscolarResumo
Este estudo tem como principal objetivo compreender a importância das práticas aquáticas para o desenvolvimento da autonomia dos sujeitos autistas. Para isso, foi realizada uma pesquisa bibliográfica de abordagem qualitativa, utilizando sítios eletrônicos de revistas e o Catálogo de Teses e Dissertações da Capes. Como referencial teórico, foram utilizados os pressupostos da Pedagogia Histórico-Crítica e da Teoria Histórico-Cultural, de Saviani e Vigotski. Os resultados obtidos revelaram que as práticas aquáticas contribuem não só para o desenvolvimento da autonomia, como também para o desenvolvimento da confiança, independência e socialização dos sujeitos autistas, além de impactarem positivamente para a evolução motora, sensorial e cognitiva desses sujeitos. Também se destacou a relevância da mediação do professor e suas práticas pedagógicas para o bom desenvolvimento das crianças, apresentando resultados satisfatórios. Destarte, conclui-se que a Educação Física Escolar tem o potencial de formar uma geração de sujeitos críticos e reflexivos, considerando e estimulando o desenvolvimento não só de suas habilidades físicas, mas também pessoais, emocionais e sociais.
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