Inovações em materiais didáticos para o Ensino da Libras
DOI:
https://doi.org/10.15536/reducarmais.7.2023.3401Palavras-chave:
Ensino de Libras, Método mnemônica na Libras, MovimentoResumo
Este artigo visa refletir sobre inovações para o ensino da Libras que é uma língua visuoespacial com gramática e estrutura própria. Para ser compreendida, é necessário que os sinalizantes observem os cinco parâmetros tradicionais, tendo em vista que estudos recentes desenvolvidos por Castro (2021) apontam que unidades mínimas que, separadas, não possuem significação, compõem os parâmetros da Libras, formando o sistema fonético e fonológico como parte gramatical. Os parâmetros da Libras são: configuração de mão, orientação da mão, ponto de articulação, expressão facial/ corporal e movimento. Este último parâmetro embasa o presente trabalho tendo em vista que desenhos ou fotos em papel não se movem, podendo causar sinalização equivocada entre os aprendizes na identificação e execução dos sinais. Nascimento (2009) sugere o uso de vídeos interativos ou animações que valorizem o movimento que a Libras necessita para se fazer representada. Para desenvolver este trabalho foi utilizada a pesquisa qualitativa, com aplicação de questionário para alunos do Curso “Faça Fácil Libras”, ministrado no Instituto Federal Fluminense campus Campos Centro com metodologia mnemônica, sem o auxílio de materiais em papel. Os resultados preliminares dos dados coletados mostram que o ensino de Libras se deu de maneira eficaz, com repetição dos sinais junto ao professor em sala de aula e que os vídeos autorais que foram disponibilizados no WhatsApp da turma auxiliaram os alunos a recordarem os sinais. O curso mencionado visa difundir a Libras para a comunicação com surdos sem materiais estáticos que criam dependência nos alunos.
Downloads
Referências
BATAGLIN, R. D. L.; OLIVEIRA, E. N. Estratégias de aprendizagem da Libras-reflexões. EaD & Tecnologias Digitais na Educação, v. 10, n. 12, p. 5-14, 2022.
BRASIL. Decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005. Regulamenta a Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais – Libras, e o art. 18 da Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Publicada no Diário Oficial da União em 22/12/2005.
BRASIL. Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002. Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras e dá outras providências. Publicado no DOU de 25.4.2002.
CALDAS, A. L. P. Pedagogia da infância surda: um sonho possível. Sinalizar, Goiânia. v. 5. p. 1-14, 2020.
CAMPELLO, A. R. S. Pedagogia visual na educação dos surdos-mudos. Tese (Doutorado em Educação). Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2008.
CARVALHO, T. R.; GEDIEL, A. L. A produção de vídeos como materiais didáticos para o ensino de Libras como segunda língua. LínguaTec, v. 5, n. 2, p. 310-323, 2020.
CARVALHO, M. A. H. D. Educação especial, inclusiva em contexto: saberes em evidência. Campina Grande: Editora Amplla, 2021.
CARVALHO, M. A. H. D. A língua brasileira de sinais–Libras: uma análise sobre os parâmetros para a aquisição da linguagem e aprendizagem da pessoa com surdez. In: SANTOS, L. J. B. S.; COSTA, W. E. L.; SILVA, C. M. G. M.; Silva, I, S.; AMARAL, B. B. M.; Melo, V. S. M.; CAMPELO, A. S.; SOUZA, L. R. G. (Org.). Educação especial/inclusiva em contexto: saberes em evidência, Editora Amplla, 139p, p. 32-49. 2021b Disponível em https://ampllaeditora.com.br/books/2021/04/EducacaoEspecialInclusiva.pdf#page=33 ). Acesso em: 19 maio. 2023.
FERNANDES, L. A. Empréstimo linguístico nas libras: lematização de sinais puramente datilológicos no dicionário novo DEIT-Libras. Revista Entre Parênteses, Alfenas, v. 8, n. 1, 2019.
FERRAZ, C. L. M.; MASCARENHAS, E. Estratégia do Ensino de Libras como L2: Dicionário da Configuração de Mãos na Atuação dos Professores de Libras. Revista Arqueiro, Rio de Janeiro, p. 62-71, 2017.
FREITAS, G. G.; CARVALHO, A. G. A criação de jogos para o ensino de Libras e da escrita de sinais (ELiS): verificação e prática. Revista Sinalizar, Goiânia, v. 5, 2020.
GABRIEL, R. L. O bilinguismo bimodal em duas crianças kodas: uma análise da Libras em ambiente familiar e do Português brasileiro em ambiente escolar. 2020. 145 f. Dissertação (Mestrado Profissional em Linguística e Ensino) - Universidade Federal da Paraíba, Paraíba, 2020. Disponível em https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/21110/1/RoseniceDeLimaGabriel_Dissert.pdf Acesso em 17 jul. 2023.
GESSER, A. L. Que língua é essa, v. 1, Parábola, 2009.
LACERDA, A. C. A comunicação utilizada pelos surdos e a comunicação utilizada entre os deficientes auditivos suas diferenças. Revista Observatório, Palmas, v. 6, n. 4, p. 1-18, 2020.
LEBEDEFF, T. B; SANTOS, A. N. dos. Objetos de aprendizagem para o ensino de línguas: vídeos de curta-metragem e o ensino de Libras. Revista Brasileira de Linguística Aplicada, v. 14, n. 4, p. 1073-1094, 2014. Disponível em https://doi.org/10.1590/S1984-63982014005000020 Acesso em 25 jul. 2023.
LIMA, S. J. C. Linguagens: relatos de experiências da educação profissional e tecnológica. Natal: IFRN, 2014.
MACHADO, V. L. V.; WEININGER, M. J. As Variantes da Língua Brasileira de Sinais–Libras. Transversal – Revista em Tradução, Fortaleza, v. 4, n. 7, p.41-65, 2018.
MÉLO, S. C. B. A inserção da disciplina de Libras no curso de Pedagogia: reflexões e desafios. Afluente: Revista de Letras e Linguística, Maranhão, v. 4, n. 11, p. 47-59, 2019.
OLIVEIRA, S. R. N. Surdo: Um Estrangeiro em seu País. Revista Interdisciplinar de Gestão Social, v. 3, n. 2, 2014.
PEREIRA, R. Q.; PEREIRA, M. Q.; GHISLENI, T. S. O auxílio das ferramentas educomunicativas no ensino de libras para ouvintes. Dialogia, n. 38, p. 19205, 2021.
ROSA, F. S.; KLEIN, M. O que sinalizam os professores surdos sobre literatura surda em livros digitais. In: KARNOPP, K.; KLEIN, M.; LUNARDI-LAZZARIN, M. L.(Org.) Cultura Surda na contemporaneidade: negociações, intercorrências eprovocações.Canoas: Ed. Da ULBRA, 2011.
SANTOS, C. C. G. dos; WIELEWICKI, V. H. G. Os cinco sentidos, tradução de Nelson Pimenta: reflexões sobre poesia surda no Youtube. FronteiraZ. Revista do Programa de Estudos Pós-Graduados em Literatura e Crítica Literária, n. 19, p. 146-162, 2017. Disponível em https://doi.org/10.23925/1983-4373.2017i19p146-162 Acesso em 25 jul. 2023.
MACHADO, V. L. V.; WEININGER, M. J. As Variantes da Língua Brasileira de Sinais–Libras. Transversal – Revista em Tradução, Fortaleza, v. 4, n. 7, p.41-65, 2018.
PEREIRA, R. Q.; PEREIRA, M. Q.; GHISLENI, T. S. O auxílio das ferramentas educomunicativas no ensino de libras para ouvintes. Dialogia, n. 38, p. 19205, 2021.
ROSA, F. S.; KLEIN, M. O que sinalizam os professores surdos sobre literatura surda em livros digitais. In: KARNOPP, K.; KLEIN, M.; LUNARDI-LAZZARIN, M. L.(Org.) Cultura Surda na contemporaneidade: negociações, intercorrências e provocações. Canoas: Ed. Da ULBRA, 2011.
SEGALA, R. R. A emergência de sinais na Libras: a influência dos emblemas. 2021. 181 f. Tese (Doutorado em Linguística) - Universidade Estadual Paulista, Araraquara, 2021. Disponível em: https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/210879/segala_rr_dr_arafcl.pdf?sequence=3&isAllowed=y . Acesso em 23 maio. 2023.
SILVA, I. O. C.; AMORIM, A.; CORREIA, P. C. H. A Língua Brasileira de Sinais e o letramento de estudantes surdos da EJA. Revista Encantar, Bom Jesus da Lapa, v. 2, p. 01-20, 2020.
SILVA, R. R.; LEMOS, L. F.; FÁCIO, M. A. Ensino de Libras para ouvintes: análise bibliográfica dos processos linguísticos envolvidos. Educação em Revista, Marília, v.22, p. 39-54, 2021.
SILVA, D.; LOPES, E. L.; BRAGA JUNIOR, S. S. B. Pesquisa quantitativa: elementos, paradigmas e definições. Revista de Gestão e Secretariado (Management and Administrative Professional Review), v. 5, n. 1, p. 01-18, 2014.
SILVA, D.; SIMON, F. O. Abordagem quantitativa de análise de dados de pesquisa: construção e validação de escala de atitude. Cadernos Ceru, v. 16, p. 11-27, 2005.
SOUZA, D. T. A constituência prosódica da língua brasileira de sinais (Libras): as expressões não manuais. Tese (Doutorado em Letras). Universidade Estadual do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2020.
SKLIAR, C. A surdez: Um olhar sobre as diferenças. Porto Alegre: Dimensão, 1998.
STROBEL, K. L. A visão histórica da in(ex)clusão dos surdos nas escolas. ETD - Educação Temática Digital, Campinas, v. 7, n. 2, p. 245-254, 2006.
VESZ, P.; MORAES, J. A. N.; HENRIQUES, M. F. A. C. Aquisição da linguagem pela criança surda: Libras como percepção e identidade multicultural. Revista Interdisciplinar de Ensino, Pesquisa e Extensão ( RevInt), Cruz Alta, v. 7, n. 1, 2019.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Estêvam Farias Sá, Leandro dos Santos Viturino, Fernanda Grazielle Aparecida Soares de Castro
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
DECLARAÇÃO DE RESPONSABILIDADE: Certifico que participei da concepção do trabalho, em parte ou na íntegra, que não omiti quaisquer ligações ou acordos de financiamento entre os autores e companhias que possam ter interesse na publicação desse artigo. Certifico que o texto é original e que o trabalho, em parte ou na íntegra, ou qualquer outro trabalho com conteúdo substancialmente similar, de minha autoria, não foi enviado a outra revista e não o será enquanto sua publicação estiver sendo considerada pela Revista Educar Mais, quer seja no formato impresso ou no eletrônico.
O autor responsável pela submissão representa todos os autores do trabalho e, ao enviar o artigo para a revista, está garantindo que tem a permissão de todos para fazê-lo. Da mesma forma, assegura que o artigo não viola direitos autorais e que não há plágio no trabalho. A revista não se responsabiliza pelas opiniões emitidas.
A Revista Educar Mais é de acesso aberto (Open Access), sem que haja a necessidade de pagamentos de taxas, seja para submissão ou processamento dos artigos. A revista adota a definição da Budapest Open Access Initiative (BOAI), ou seja, os usuários possuem o direito de ler, baixar, copiar, distribuir, imprimir, buscar e fazer links diretos para os textos completos dos artigos nela publicados.
Todos os artigos são publicados com a licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional. Os autores mantém os direitos autorais sobre suas produções, devendo ser contatados diretamente se houver interesse em uso comercial dos trabalhos.