ASPECTOS SOCIOEMOCIONAIS NA PRÁTICA DOCENTE: UMA AÇÃO INTUITIVA?
DOI:
https://doi.org/10.15536/reducarmais.1.2016.%25p.513Resumo
A escola, como local de interação humana, oportuniza aos estudantes um ambiente no qual lida com diferentes demandas cognitivas, sociais e emocionais. Assim a escola é lócus de desenvolvimento humano, oportunizando o aprimoramento de aspectos cognitivos e não cognitivos (socioemocionais). Nesse caso, as práticas pedagógicas são fundamentais, pois a mediação docente afeta diretamente o desenvolvimento integral dos estudantes.No que diz respeito aos aspectos socioemocionais, cabe ao professor ter o entendimento que sua prática pedagógica deve apoiar-se em uma epistemologia que supra as demandas necessárias para essa formação integral, ou seja, ele deve levar em consideração as interações socias, a tríade aluno-conhecimento-professor, o processo de modelagem e os conflitos sociocognitivos que emergem no ambiente de sala de aula.
Tal consideração se aproxima da perspectiva da Epistemologia Genética, na qual o sujeito e seu saber se constituem a partir de um dinamismo dialógico ininterrupto e, longe do equilíbrio. Depois de cada nova aquisição, de cada modificação, o individuo tem a possibilidade de modificar seu sistema interno de crenças e motivações e por consequência, seu comportamento.
Assim, o texto tem como objetivo apresentar pesquisa realizada junto a professores da educação básica acadêmicas de pós-graduação Lato Sensu na área de Neurociências e Educação. O trabalho objetivou investigar as concepções docentes sobre aspectos socioemocionais e suas implicações para as práticas pedagógicas, em especial no trabalho em grupo.
A partir dos resultados tem-se como escopo final promover uma reflexão acerca da importância de, juntamente com aspectos cognitivos, o desenvolvimento de aspectos não cognitivos nos estudantes, trazendo à tona a problemática da formação docente nesse sentido, pois a ausência de preparo dos professores juntamente com um não conhecimento das epistemologias desse fazer, não contribuem para oportunizar ao estudante seu desenvolvimento integral.
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