A invisibilidade da mulher negra na Ciência: uma análise a partir de livros didáticos de Ciências e Biologia
DOI:
https://doi.org/10.15536/reducarmais.5.2021.2285Palavras-chave:
Ensino de ciências e biologia, Feminismo, História da ciência, Relações étnico-raciaisResumo
A perpetuação do discurso racista e machista na sociedade atual tem influência em todas as áreas e, em especial, na área científica. O presente trabalho objetivou investigar a presença de mulheres negras na história da Ciência, por meio da análise de duas coleções de livros didáticos de Ciência e Biologia. Os livros de Ciências e Biologia analisados foram os do último programa Nacional de livro didático (PNLD), adotados por escolas do município de Cruzeiro do Oeste (PR). Os resultados demonstraram a ausência de relatos sobre a presença de mulheres negras da Ciência. Por fim, com a finalidade de instrumentalização para o ensino na Educação Básica, o presente estudo apresenta uma relação de cientistas negras nas mais diferentes áreas das Ciências Biológicas.
Downloads
Referências
ALVES, F. C. S.; LEITE, M. J. S. A história e cultura afro-brasileira nos livros didáticos de arte e língua portuguesa/ literatura. Educação em Debate, Fortaleza, n. 76, p. 40. Maio./ago. 2018. Disponível em:[http://www.repositorio.ufc.br/bitstream/riufc/38480/3/2018_art_fcsalvesmjsleite.pdf]. Acesso 26 de mar.2020.
BARRAZO, M. B. A invisibilidade das mulheres negras e o branqueamento do território nos livros didáticos de geografia sob a ótica da lei 10.639/03. Encrespando, Rio de Janeiro, v. 1, n. 1, julh.2017. Disponível em:[https://encrespando.jur.puc-rio.br/index.php/files/article/view/8/8]. Acesso em 23 de nov.2020.
CARDOSO, C. P. Experiências de mulheres negras e o feminismo negro no Brasil. Revista da ABPN, Bahia, v. 10, n. 25, p. 217-328, mar./junh. 2018. Disponível em:[http://www.scielo.br/pdf/ref/v26n1/1806-9584-ref-26-01-e51328.pdf]. Acesso em 23 de mar. 2020.
CARNEVALLE, M. R. Ciências (Ensino Fundamental I). Arariba mais. 1° Edição. São Paulo: Moderna, 2018.
COSTA, M. C. Ainda somos poucas. Exclusão e invisibilidade na ciência. Cad.Pagu, Campinas, n.27, jul/dez.2006. Disponível em:[https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-83332006000200018&lng=pt&tlng=pt]. Aceso em 25 de nov.2020.
DURKHEIM, É. Educação e Sociologia. São Paulo: Edições Melhoramentos, 1975.
ROCHA, E. Notas sobre o status de mulheres negras no pós- abolição em barbados a partir de um femicídio. Dossiê, São Paulo, v. 38. 2019. Disponível em:[http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-90742019000100308]. Acesso em 23 de mar. 2020.
IBGE- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística: Brasil- 2019. Disponível em: [https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/18282-populacao-chega-a-205-5-milhoes-com-menos-brancos-e-mais-pardos-e-pretos] . Acesso em 18 de Mar. 2020.
JÚLIO, C. O. V.; SILVIO, L. A. O pacto de todos contra os escravos no Brasil Imperial. Direitos e Praxis. Rio de Janeiro, v. 10, n. 03, p. 2137-2160, Jul. 2019. Disponível em:[ http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2179-89662019000302137]. Acesso em:19 mar. 2020.
LINHARES, K. O Corpo da Mulher Negra: a dualidade entre o prazer e o trabalho. IV SIES. Maringá. Abril.2015. Disponível em: [http://www.sies.uem.br/trabalhos/2015/623.pdf]. Acesso em 18 de nov.2020.
LINHARES, S.; GEWANDSZNAJDER, F. Biologia hoje. Atica. 2 edição, 2013.
MAÍSA, F. C. Casamentos mistos: entre a escravidão e liberdade Franca-São Paulo/ Brasil, Século XIX. Rev.Bras. Estud. Populb, São Paulo, v. 34, n. 02, p.223-242, maio. 2017. Disponível em:< [http://www.scielo.br/pdf/rbepop/v34n2/0102-3098-rbepop-34-02-00223.pdf]. Acesso em : 19 mar. 2020.
MATOS, M. Teorias de gênero ou teorias e gênero? Se e como os estudos de gênero e feministas se transformaram em um campo novo para as ciências. Estudos Feministas, Florianópolis, v.16, n.2, p. 440, maio/agosto.2008. Disponível em:[https://www.scielo.br/pdf/ref/v16n2/03.pdf]. Acesso em:19 de nov.2020.
MINAYO, M. C. S.; DESLANDES, S. F.; GOMES, R. Pesquisa social:teoria, método e criatividade.30. ed. Petrópolis: Vozes, 2011.
NASCIMENTO, A. O genocídio do negro brasileiro: processo de um racismo mascarado. 3.ed. São Paulo: Perspectivas, 2016.
OSORIO, T. C. Biologia, 1° ano: ensino Médio. Ser protogonista. 2 edição, São Paulo.
SILVA, A. F.; FERREIRA, H. C.; VIERA, C. A. O ensino de ciências no fundamental e médio: reflexões e perspectivas sobre a educação transformadora. Exitus. Santarém, v. 7, n. 2, p. 283-304. Maio./Ago 2017. Disponível em:[ http://www.ufopa.edu.br/portaldeperiodicos/index.php/revistaexitus/article/view/314/262.] Acesso em 01 de abril 2020.
SILVA, E. R. L.; ALVES, L. F. A.; GIANNOTTI, S. M. Análise do conteúdo de artrópodes em livros didáticos de biologia do ensino médio e o perfil do professor: estudo de caso. Varia Scientia, Cascavel. v. 6, n.11, p. 83-98. Ago.2006. Disponível em :[http://e-revista.unioeste.br/index.php/variascientia/article/viewArticle/709].Acesso 26 de mar. 2020.
TRAGTERBER, M. A escola como organização complexa. Educ Soc, Campinas, v. 29, n. 142, p. 188-202, Jan-Mar, 2018. Disponível em: [http://www.scielo.br/pdf/es/v39n142/1678-4626-es-39-142-183.pdf ]. Acesso em 25 de mar. 2020.
VIGANO, S. M. M.; LAFFIN, S. M. M. Mulheres, políticas e públicas e combate á violência de gênero. Dossiê, São Paulo, v. 38, 2019. Disponível em:[http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-90742019000100311 ].Acesso em 23 de mar. 2020.
WASCHINEWKI, S. C.; RABELO, G.; ALVES, I. G. Gênero e a invisibilidade da mulher nos livros didáticos de geografia do ensino médio no sul de Santa Catarina. Inter-Ação, Goiânia, v. 42, n.3, p. 572-589,set/dez 2017. Disponível em: [file:///C:/Users/Usuario/Downloads/48855-Texto%20do%20artigo-222507-1-10-20180605%20(3).pdf]. Acesso em 17 de nov.2020
WERNECK, J. Nossos passos vêm de longe! Movimentos de mulheres negras e estratégias políticas contra o sexismo e o racismo. Revista da Associação Brasileira de Pesquisadores/as Negros/as (ABPN), v. 1, n. 1, p. 07-17, jun. 2010. Disponível em: [file:///C:/Users/Usuario/Downloads/iheid-6316%20(1).pdf]. Acesso em 17 de nov.2020
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Marcelo Alberto Elias, Ana Caroline de Oliveira Pereira
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
DECLARAÇÃO DE RESPONSABILIDADE: Certifico que participei da concepção do trabalho, em parte ou na íntegra, que não omiti quaisquer ligações ou acordos de financiamento entre os autores e companhias que possam ter interesse na publicação desse artigo. Certifico que o texto é original e que o trabalho, em parte ou na íntegra, ou qualquer outro trabalho com conteúdo substancialmente similar, de minha autoria, não foi enviado a outra revista e não o será enquanto sua publicação estiver sendo considerada pela Revista Educar Mais, quer seja no formato impresso ou no eletrônico.
O autor responsável pela submissão representa todos os autores do trabalho e, ao enviar o artigo para a revista, está garantindo que tem a permissão de todos para fazê-lo. Da mesma forma, assegura que o artigo não viola direitos autorais e que não há plágio no trabalho. A revista não se responsabiliza pelas opiniões emitidas.
A Revista Educar Mais é de acesso aberto (Open Access), sem que haja a necessidade de pagamentos de taxas, seja para submissão ou processamento dos artigos. A revista adota a definição da Budapest Open Access Initiative (BOAI), ou seja, os usuários possuem o direito de ler, baixar, copiar, distribuir, imprimir, buscar e fazer links diretos para os textos completos dos artigos nela publicados.
Todos os artigos são publicados com a licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional. Os autores mantém os direitos autorais sobre suas produções, devendo ser contatados diretamente se houver interesse em uso comercial dos trabalhos.