Concepções das crianças da pré-escola em relação a fenômenos astronômicos
DOI:
https://doi.org/10.15536/reducarmais.4.2020.1924Palavras-chave:
Dia e noite, Fases da Lua, Estações do ano, Astronomia, Educação InfantilResumo
Este artigo tem como objetivo investigar a percepção espaço-temporal de crianças da pré-escola, através do trabalho de sala de aula relacionado aos fenômenos de dia/noite, fases da Lua e estações do ano. Para tanto, foram aplicados três cronogramas de entrevista, um para cada fenômeno, atividades de observação e registro do Sol e da Lua ao longo de seis meses e uma visita ao planetário. A metodologia de investigação utilizada foi mista, quanti e qualitativa, utilizando a fenomenografia como método de pesquisa e, como instrumentos para a coleta dos dados, foram utilizados registros audiovisuais das entrevistas, desenhos das crianças e anotações do diário de bordo da professora acerca das observações. A análise do diário e das entrevistas foi feita através da análise textual discursiva enquanto a análise dos desenhos dos alunos fez uso da teoria de Piaget sobre as fases do desenho infantil. Os resultados indicaram que o ensino da Astronomia deve ser cuidadosamente ajustado à faixa etária da Educação Infantil, se mostrando de suma importância, uma vez que as crianças já trazem consigo uma bagagem sobre estes fenômenos, associada à suas vivências diárias.
Downloads
Referências
ARCE, Alessandra; SILVA, Débora da; VAROTTO, Michele. Ensinando ciências na educação infantil. São Paulo: Alínea, 2011.
BOGDAN, Robert; BIKLEN, Sari. Investigação qualitativa em educação. Uma introdução à teoria e aos métodos. Portugal: Porto, 1994.
BORGES, Dária Lúcia de Jesus; STRIEDER, Roseline Beatriz. Ensino de astronomia na educação infantil: reflexões sobre a implementação de uma proposta. ENCONTRO DE PESQUISA EM ENSINO DE FÍSICA, 15. p.1 a 8, Maresias. Brasília, 2014.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases. Lei nº 9.394/96, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, 1996.
BRASIL. Ministério da Educação e Desporto. Secretaria da Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. v. 3. Brasília: MEC/SEF, 1998.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Brasília: MEC, 2010.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: ciências naturais. Brasília: MEC, 1997.
CANIATO, Rodolpho. A terra em que vivemos. Campinas: Átomo, 2007.
COMINS, Neli F.; KAUFMANN, William J. Descobrindo o universo. 8. ed. Porto Alegre: Bookman, 2010.
CURVAL, Ana; PEIXOTO, Ana. Olhar para o céu: a criança e a astronomia. Revista Interacções, n. 39, p. 653 - 666, 2015.
GOULART, Andressa Rossini; DUTRA, Carlos Maximiliano. Abordagem da astronomia no ensino fundamental através do software Stellarium. Brasil, 2012.
LANGHI, Rodolfo; NARDI, Roberto. Educação em astronomia. São Paulo: Escrituras, 2012.
LONGHINI, Marcos Daniel. Educação em Astronomia. Campinas: Àtomo, 2010.
MARRANGHELLO, Guilherme Frederico; LINDEMANN, Renata Hernandez. Ensino de ciências na região da campanha: contribuições na formação acadêmico- profissionais de professores em astronomia. Itajaí: Casa aberta, 2017.
MARTON, Ference, SÄLJÖ, Roger. On qualitative differences in learning II: outcome as a function of the learner's conception of the task. British Journal of Educational Psychology, 1976.
MORAES, Roque. Uma tempestade de luz: a compreensão possibilitada pela análise textual discursiva. Ciência & Educação: Bauru, São Paulo, v. 9, n. 2, p. 191 - 210, 2003.
MOREIRA, Daniel Augusto. O método fenomenológico na pesquisa. São Paulo: Pioneira Thompson, 2002.
PIAGET, Jean. A equilibração das estruturas cognitivas. Rio de Janeiro: Zahar,1976.
REIS, Pedro. Investigar e descobrir: actividades para a educação de infância em ciências nas primeiras idades. Chamusca: Edições Cosmos, 2008.
SARAIVA, Maria de Fátima Oliveira; AMADOR, Claúdio B.; KEMPER, Érico; GOULART Paulo; MULLER, Angela. As fases da lua numa caixa de papelão. Revista Latino-Americana de Educação em Astronomia, n.4, p. 9 - 26, 2007.
TIGNANELLI, Horácio. Sobre o ensino da Astronomia no ensino fundamental. In: WEISSMANN, H. (org.). Didática das ciências naturais: contribuições e reflexões. Porto Alegre: Artmed, 1998.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Laura Menezes Eskasinki Dummer, Guilherme Frederico Marranghello, Márcia Maria Lucchese
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
DECLARAÇÃO DE RESPONSABILIDADE: Certifico que participei da concepção do trabalho, em parte ou na íntegra, que não omiti quaisquer ligações ou acordos de financiamento entre os autores e companhias que possam ter interesse na publicação desse artigo. Certifico que o texto é original e que o trabalho, em parte ou na íntegra, ou qualquer outro trabalho com conteúdo substancialmente similar, de minha autoria, não foi enviado a outra revista e não o será enquanto sua publicação estiver sendo considerada pela Revista Educar Mais, quer seja no formato impresso ou no eletrônico.
O autor responsável pela submissão representa todos os autores do trabalho e, ao enviar o artigo para a revista, está garantindo que tem a permissão de todos para fazê-lo. Da mesma forma, assegura que o artigo não viola direitos autorais e que não há plágio no trabalho. A revista não se responsabiliza pelas opiniões emitidas.
A Revista Educar Mais é de acesso aberto (Open Access), sem que haja a necessidade de pagamentos de taxas, seja para submissão ou processamento dos artigos. A revista adota a definição da Budapest Open Access Initiative (BOAI), ou seja, os usuários possuem o direito de ler, baixar, copiar, distribuir, imprimir, buscar e fazer links diretos para os textos completos dos artigos nela publicados.
Todos os artigos são publicados com a licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional. Os autores mantém os direitos autorais sobre suas produções, devendo ser contatados diretamente se houver interesse em uso comercial dos trabalhos.