Formação em Psicologia e Direitos Humanos: uma perspectiva das psicólogas docentes no Ensino Superior
DOI:
https://doi.org/10.15536/reducarmais.9.2025.4227Palavras-chave:
Direitos Humanos, Formação em Psicologia, Compromisso Social, Psicologia CríticaResumo
A formação em Psicologia tem passado por significativa expansão, o que acentua preocupações sobre a qualidade do ensino e sua articulação com os Direitos Humanos. Esta pesquisa objetivou analisar a compreensão de psicólogas-docentes acerca da importância dos Direitos Humanos na formação acadêmica e na prática profissional de estudantes de Psicologia. Com abordagem qualitativa e exploratória, o estudo foi desenvolvido em 2 etapas: aplicação de questionário-online e realização de três entrevistas com docentes. A análise dos dados foi organizada em 3 eixos: I) Direitos Humanos como imagem e fundo na formação, que aborda os DH como conteúdo específico e princípio transversal; II) Bagagens que antecedem, que analisa sentidos prévios dos estudantes e desafios pedagógicos para sua articulação crítica; III) A formação comprometida também se faz fora da sala, que evidencia práticas formativas críticas em movimentos sociais, arte e cultura. Conclui-se que a pesquisa evidencia desafios e potencialidades da formação comprometida com os Direitos Humanos, destacando esse período como etapa fundamental para a constituição de profissionais éticos, críticos e cientes do seu compromisso social.
Downloads
Referências
BERNARDI; C. M. C. N. A Formação em psicologia: Ética, diretrizes curriculares e direitos humanos. In: Simpósio internacional e fórum nacional de educação. Torres, RS. 4, 7, 2010.
BOCK, A. M. B; GIANFALDONI, M. H. T. A. Direitos humanos no ensino de Psicologia. Psicologia Ensino & Formação, v. 1, n. 2, p. 97-115, 2010.
BOCK, A. M. B. A prática psicológica e os direitos humanos. In: BOCK, A. M. B. (org.). Psicologia social: uma perspectiva crítica. São Paulo: Cortez, 1999.
BOCK, A. M. B. Psicologia e compromisso social: questões da atuação e da formação. In: BOCK, A. M. B. et al. (org.). Psicologias: uma introdução ao estudo de psicologia. 14. ed. São Paulo: Saraiva, 2002.
BOCK, A. M. B. Psicologia e Direitos Humanos: uma aproximação teórica e prática. In: CAVALCANTI, L.; LIMA, J. (Org.) Psicologia e direitos humanos: contextos, desafios e perspectivas. São Paulo: Cortez, 2002. p. 19-33.
NÓBREGA CABRAL, C. et al. As heranças coloniais na psicologia brasileira. Revista UNI-RN, [S. l.], v. 22, n. 1/2, p. 30–38, 2022. Disponível em: https://revistas.unirn.edu.br/index.php/revistaunirn/article/view/816. Acesso em: 16 nov. 2024.
CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Código de ética profissional do psicólogo. Brasília, DF: CFP, 2005. Disponível em: https://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2012/07/codigo_etica.pdf. Acesso em: 17 maio 2025.
DANTAS, J. B. Formar psicólogos: por quê? para quê. Fractal: Revista de Psicologia, v. 22, n. 3, p. 621-636, 2010.
DIMENSTEIN, M. et al. Produção de conhecimento, psicologia e pensamento decolonial. Arquivos Brasileiros de Psicologia, 74, 2022.
FREITAS, M. T. de A.. Dos direitos às ações: política de direitos humanos e formação em Psicologia. Educação & Pesquisa, v. 30, n. 2, p. 327-340, 2004.
LANE, Silvia T. M. Transformação social e psicologia social. São Paulo: Brasiliense, 1990a.
LANE, S. T. M. Psicologia social: o homem em movimento. São Paulo: Brasiliense, 1990b.
MARTÍN-BARÓ, I. Psicologia de la guerra: trauma y terapia. San Salvador: UCA Editores, 1990.
MARTÍN-BARÓ, I. Para uma psicologia da libertação. Petrópolis: Vozes, 1996.
MARTÍN-BARÓ, I. O desafio popular à psicologia social na América Latina. In: LACERDA, F. (org.). Crítica e libertação na psicologia: Estudos psicossociais. Petrópolis, RJ.: Vozes, 2017.
MAY, T. Pesquisa social: questões, métodos e processos. Porto Alegre: Artmed, 2004.
MINAYO, M. C. S. Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Rio de Janeiro: Editora Vozes, 2007.
OLIVEIRA, I. T. de et al. Formação em Psicologia no Brasil: aspectos históricos e desafios contemporâneos. Psicologia Ensino & Formação, v. 8, n. 1, p. 3-15, 2017.
PASTRONI, A.; FARIA, G. G. As políticas públicas e o avanço do conservadorismo no Brasil: protagonistas e estratégias. Revisão de Trabalho, v. B23, p. 5-22, 2020.
PAIVA, V. Direitos Humanos e saúde: a contribuição da psicologia In: CAMPOS, G. W. de S.; MINAYO, M. C. de S. (orgs.). Direitos Humanos e Saúde. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2003.
RECHTMAN, R. CASTELAR, M.; CASTRO, R. Ética e direitos humanos na formação de profissionais de Psicologia em Salvador - Bahia. Psicologia Ensino & Formação, v. 4, n. 2, p. 62-71, 2013.
RECHTMAN, R.; BOCK, A. M. B. Formação do psicólogo para a realidade brasileira: identificando recursos para atuação profissional. Psicologia: Teoria e Pesquisa, v. 35, e3551, 2019
SANTOS, J. C.; OLIVEIRA, T. S. de. Educação, direitos humanos e a formação de profissionais: desafios contemporâneos. Psicologia Educacional, v. 12, n. 1, p. 37-52, 2024.
SANTOS, L. N. O compromisso social da psicologia: um estudo sobre o desenvolvimento de um projeto crítico. 2017. 268 f. Tese (Doutorado em Educação: Psicologia da Educação) - Programa de Estudos Pós-Graduados em Educação: Psicologia da Educação, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2017.
SILVA, S. M. C. D. Algumas reflexões sobre a arte e a formação do psicólogo. Psicologia: ciência e profissão, 24, 100-111, 2004.
TOLEDO, R; SANTOS, J. M. A. dos; MARTINS, M. S.; RAMOS, V. P. Psicologia e direitos humanos: desafios e impasses para uma formação crítica. In: CARVALHO, J. E. C. de; TOLEDO, R.; GONÇALVES, D. de A. (orgs.). Itinerários formativos e atuação nas políticas sociais: estratégias e desafios no trabalho com sujeitos/pessoa, grupos, instituições e comunidades. Santa Maria, RS: Arco Editores, 2024.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Marcella Silveira Martins, Vitoria Prado Ramos, Juliana Maria Archanjo dos Santos, Rodrigo Toledo

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
DECLARAÇÃO DE RESPONSABILIDADE: Certifico que participei da concepção do trabalho, em parte ou na íntegra, que não omiti quaisquer ligações ou acordos de financiamento entre os autores e companhias que possam ter interesse na publicação desse artigo. Certifico que o texto é original e que o trabalho, em parte ou na íntegra, ou qualquer outro trabalho com conteúdo substancialmente similar, de minha autoria, não foi enviado a outra revista e não o será enquanto sua publicação estiver sendo considerada pela Revista Educar Mais, quer seja no formato impresso ou no eletrônico.
O autor responsável pela submissão representa todos os autores do trabalho e, ao enviar o artigo para a revista, está garantindo que tem a permissão de todos para fazê-lo. Da mesma forma, assegura que o artigo não viola direitos autorais e que não há plágio no trabalho. A revista não se responsabiliza pelas opiniões emitidas.
A Revista Educar Mais é de acesso aberto (Open Access), sem que haja a necessidade de pagamentos de taxas, seja para submissão ou processamento dos artigos. A revista adota a definição da Budapest Open Access Initiative (BOAI), ou seja, os usuários possuem o direito de ler, baixar, copiar, distribuir, imprimir, buscar e fazer links diretos para os textos completos dos artigos nela publicados.
Todos os artigos são publicados com a licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional. Os autores mantém os direitos autorais sobre suas produções, devendo ser contatados diretamente se houver interesse em uso comercial dos trabalhos.












