Práticas de inclusão de alunos autistas na Educação Infantil: do lúdico ao uso de softwares
DOI:
https://doi.org/10.15536/reducarmais.7.2023.3115Palavras-chave:
Transtorno do Espectro do Autismo, Intervenção pedagógica, Inclusão, Educação especial, Educação infantilResumo
A intervenção pedagógica e a inclusão de alunos no Espectro Autista no ambiente escolar é um desafio que demanda cada vez mais capacitação dos profissionais atuantes da Educação Infantil. A fim de auxiliar na compreensão de como os profissionais lidam com essa realidade, este estudo tomou como ponto de partida diversas proposições teóricas de autores que indicam os desafios e estratégias para inclusão no ambiente escolar e teve o objetivo de levantar as intervenções didáticas realizadas por educadores e relatadas em publicações científicas recentes. Para isso, foi elaborado um protocolo de pesquisa para a identificação de estudos de caso com intervenções pedagógicas com crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), matriculados na Educação Infantil. A partir dos estudos selecionados foi realizada uma revisão de literatura integrativa. Os resultados mostraram que a abordagem lúdica tem sido a mais frequente, porém existe uma grande variedade de intervenções sendo realizadas de forma efetiva. As intervenções levantadas e as análises desses estudos fornecem importantes subsídios para a atuação de docentes, outros profissionais e pesquisadores de crianças com TEA.
Downloads
Referências
AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION - APA. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-5. Porto Alegre: Artmed, 2014.
BRASIL. Lei nº 12.764, de 27 de dezembro de 2012. Institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista. Presidência da República. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12764.htm. Acesso em: 3 de fev. de 2022.
BRASIL. Lei nº 9.394/96, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm. Acesso em: 11 de fev. de 2022.
CHICON, J. F. et al. A brincadeira de faz de conta com crianças autistas. Movimento - Revista de Educação Física da UFRGS, Porto Alegre, v. 24, n. 2, p. 581 - 592, 2018.
CHICON, J. F. et al. Brincando e aprendendo: aspectos relacionais da criança com autismo. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, Brasília, v. 41, p. 169 - 175, 2019.
CHICON, J. F.; OLIVEIRA, I. M. de; SIQUEIRA, M. F. O movimento e a emergência do jogo de papéis na criança com autismo. Movimento - Revista de Educação Física da UFRGS, Porto Alegre, v. 26, p. e26021, 2020.
CUNHA, E. Autismo e inclusão – psicopedagogia e práticas educativas na escola e na família. Rio de Janeiro: WAK editora, 2017.
DALGALARRONDO, P. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2019.
DA SILVA, S. G. C.; DE FARIA, E. M. B. Uma proposta com multiletramentos no atendimento educacional especializado na alfabetização do aluno autista. Revista de Educação PUC, Campinas, v. 26, 2021.
DE LIMA, I. L. S.; LEGNANI, V. N. Um olhar psicanalítico sobre a inclusão de um aluno com autismo. Revista Linhas Críticas, Brasília, v. 26, p. e27244, 2020.
DISTRITO FEDERAL. Governo do Distrito Federal. Secretaria de Educação Especial. Orientação pedagógica. 2010. Disponível em: https://eepedagogico.files.wordpress.com/2011/03/orientac3a7c3a3o-pedagc3b3gica1.pdf. Acesso em: 2 de maio de 2022.
FINOTELLI JÚNIOR, Í. Teorias e práticas no campo do acompanhamento terapêutico. Psico-USF, Bragança Paulista, v. 17, n. 2, p. 335 - 337, 2012.
GAZZOLA, K. A contribuição dos softwares educativos no processo de alfabetização de crianças com dificuldades de leitura e escrita. 2018. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialista em Mídias da Educação) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2018.
GLAT, R. Integração Social dos portadores de deficiência: uma reflexão. Temas em Psicologia, Rio de Janeiro, v. 3, n. 2, 1999. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-389X1995000200010. Acesso em: 10 de fev. de 2022.
GOMES, C.; REY, F. L. G. Inclusão Escolar: Representações Compartilhadas de Profissionais da Educação acerca da Inclusão Escolar. Psicologia: ciência e profissão, v. 27, p. 406 - 417, 2007.
GONÇALVES, A. G.; PICHARILLO, A. D. M.; PEDRINO, M. C. Uso de objeto educacional digital na perspectiva da educação especial: relato de uma prática pedagógica. Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, p. 1726 - 1735, 2017.
JANNUZZI, G. A luta pela educação do deficiente mental no Brasil. Campinas: Editores Associados, 1992.
KANNER, L. Autistic Disturbances of Affective Contact. Nervous Child, v. 2, n. 2, p. 217 - 250, 1943.
LEAR, K. Ajude-nos a aprender (Help us learn): Um Programa de Treinamento em ABA (Análise do Comportamento Aplicada) em ritmo auto-estabelecido. Tradução: Margarida Hofmann Windholz; Marialice de Castro Vatavuk; Inês de Souza Dias; Argemiro de Paula Garcia Filho; Ana Villela Esmeraldo. Toronto, Ontario – Canadá, 2. ed. 2004.
LORENZO, R.; RODRIGUES, Y.; LIMA, A. A. Inclusão escolar de crianças dentro do espectro autista. Psicologia.pt, 2020. Disponível em: https://www.psicologia.pt/artigos/textos/A1372.pdf. Acesso em: 10 de fev. de 2022.
LUZ, M. H. S. da; GOMES, C. A.; LIRA, A. Narrativas de la inclusión de un niño autista: desafíos para la práctica docente. Educación, Lima, v. 26, n. 50, p. 123 - 142, 2017.
MANTOAN, M. T. E. Inclusão escolar: o que é? por quê? como fazer? São Paulo: Moderna, 2003. - (Coleção cotidiano escolar).
MARCHIORI, A. F.; FRANÇA, C. de A. A. Práticas e articulações pedagógicas na educação infantil: contribuições ao processo de desenvolvimento de uma criança com autismo, Revista zero a seis, Santa Catarina, v. 20, n. 38, p. 488 - 513, 2018.
MENDES, E. G. Deficiência mental: a construção científica de um conceito e a realidade educacional. 1995. Tese (Doutorado em Psicologia) - Faculdade de Psicologia, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1995.
MIRANDA, A. A. B. Educação Especial no Brasil: desenvolvimento histórico. Cadernos de História da Educação, Uberlândia, v. 7, jan./dez. 2008. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/che/article/view/1880/. Acesso em: 5 de fev. de 2022.
NASS, I. R. et al. A caixa de Max: atividades lúdicas para crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Research, Society and Development, Vargem Grande Paulista, v. 8, n. 1, e1381540, 2019.
ORRÚ, S. E. Autismo, linguagem e educação: interação social no cotidiano escolar. Rio de Janeiro: WAK editora, 2012.
PRIETO, L. M. et al. Uso das tecnologias digitais em atividades didáticas nas séries iniciais. Renote, Porto Alegre, v. 3, n. 1, p. 1 - 11, 2005.
SILUK, A. C.; PAVÃO, S. M. Portfólios de materiais didáticos pedagógicos para o atendimento educacional especializado. Santa Maria: UFSM, 2015.
SILVA, L. C. da; FRIGHETTO, A. M.; SANTOS, J. C. dos. O autismo e o lúdico. Nativa, Mato Grosso, v. 2, n. 1, p. 1 - 8, 2013. Disponível em: http://revistanativa.com/index.php/revistanativa /article/viewFile/81/pdf. Acesso em: 3 de fev. de 2022.
SOUSA, B. L. C. M. de. A Mochila Sensorial de Ciências: o uso de recursos didáticos adaptados e/ou adequados no Ensino de Ciências para estudantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA). 2020.
TEIXEIRA, B. M.; CARVALHO, F. T de; VIEIRA, J. R. L. Avaliação do perfil motor em crianças de Teresina - PI com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Revista Educação Especial, Rio Grande do Sul, Santa Maria, v. 32, p. 1 - 19, 2019.
VYGOTSKI, l. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
VYGOTSKI, l. S. A pré-história da linguagem escrita. In: Vygotski, L. S. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos superiores. São Paulo: Martins Fontes, v. 6, p. 119 - 136, 1999.
WHITMAN, T. L. O desenvolvimento do autismo: social, cognitivo, linguístico, sensório-motor e perspectivas biológicas. São Paulo: M. Books, 2015.
WOLSKI, B.; VARGAS, P. P. I.; LOPES, P. B.. O processo de inclusão de alunos com deficiência nas aulas de Educação Física sob a perspectiva de professores do Município de Araucária/PR. Revista Educação Especial (UFSM), Santa Maria, v. 34, p. 1 - 28, 2021.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Cláudia Lilian Alves dos Santos, Celso dos Anjos Junior, Davi Milan, Fábio Luiz Mação Campos
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
DECLARAÇÃO DE RESPONSABILIDADE: Certifico que participei da concepção do trabalho, em parte ou na íntegra, que não omiti quaisquer ligações ou acordos de financiamento entre os autores e companhias que possam ter interesse na publicação desse artigo. Certifico que o texto é original e que o trabalho, em parte ou na íntegra, ou qualquer outro trabalho com conteúdo substancialmente similar, de minha autoria, não foi enviado a outra revista e não o será enquanto sua publicação estiver sendo considerada pela Revista Educar Mais, quer seja no formato impresso ou no eletrônico.
O autor responsável pela submissão representa todos os autores do trabalho e, ao enviar o artigo para a revista, está garantindo que tem a permissão de todos para fazê-lo. Da mesma forma, assegura que o artigo não viola direitos autorais e que não há plágio no trabalho. A revista não se responsabiliza pelas opiniões emitidas.
A Revista Educar Mais é de acesso aberto (Open Access), sem que haja a necessidade de pagamentos de taxas, seja para submissão ou processamento dos artigos. A revista adota a definição da Budapest Open Access Initiative (BOAI), ou seja, os usuários possuem o direito de ler, baixar, copiar, distribuir, imprimir, buscar e fazer links diretos para os textos completos dos artigos nela publicados.
Todos os artigos são publicados com a licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional. Os autores mantém os direitos autorais sobre suas produções, devendo ser contatados diretamente se houver interesse em uso comercial dos trabalhos.
