Sinais de bem-estar docente em práticas de professores de educação básica
DOI:
https://doi.org/10.15536/reducarmais.5.2021.2626Palavras-chave:
Bem-estar, Professor, Práticas, Educação básicaResumo
Este artigo objetiva identificar professores na condição de bem-estar docente na escola básica a fim de descrever elementos de suas práticas que caracterizam o bem-estar na docência. Bem-estar docente diz respeito a uma avaliação pessoal positiva da vida e da docência, com base em critérios cognitivos e afetivos. Desenvolvemos um estudo de abordagem qualitativa, delineado como estudo de campo com quatro professores de educação básica pública da cidade do Recife-PE. Por meio da observação participante, caracterizamos as práticas desses professores. Constatamos que os professores investigados vivenciam o bem-estar docente, pois, apesar das adversidades enfrentadas nas escolas públicas, reconhecem o valor social da profissão, cultivam relações saudáveis com seus alunos e pares e desejam prosseguir no exercício do magistério. Entendemos que para manter estes profissionais na condição de bem-estar docente, medidas de intervenção devem ser tomadas por parte dos órgãos gestores da educação. Tais medidas estão relacionadas à carreira, formação continuada e melhoria das condições de trabalho nas escolas. Essas ações fortalecem as práticas e posturas dos profissionais investigados e podem vir a incentivar outros professores a terem um olhar mais positivo para a profissão.
Downloads
Referências
BOGDAN, R. C.; BIKLEN, S. K. Investigação qualitativa em educação. Porto: Porto Editora, 1994.
ESTEVE, J. M. O mal-estar docente: a sala de aula e a saúde dos professores. Bauru: EDUSC. 1999.
JESUS, S. N. A motivação para a profissão docente: Contributo para a clarificação de situações de mal-estar e para a fundamentação de estratégias de formação de professores. Aveiro: Estante Editora, 1996.
______. Bem-estar dos professores: Estratégias para realização e desenvolvimento profissional. 2. ed. Porto: Porto Editora, 1998.
______. Motivação e formação de professores. Coimbra: Quarteto Editora, 2000.
______. Perspectivas para o bem-estar docente. Porto: ASA Editores II, 2002.
______. La motivación de los profesores. Revisión de la literatura. In: GARCÍA-VILLAMISAR, D.; FREIXAS, T. (Ed.). El estrés del profesorado. Valência: Promolibro, 2003. p. 116-139.
______. Professor sem stress: realização profissional e bem-estar docente. Porto Alegre: Mediação, 2007.
JESUS, S. N. de; REZENDE, M. Saúde e bem-estar. In: CRUZ, J. P.; JESUS, S. N. de; NUNES, C. (Coord.). Bem-estar e qualidade de vida: contributos da Psicologia da Saúde. Alcochete: Textiverso, 2009.
LUDKE, A.; ANDRÉ, M. A pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: E.P.U., 1986.
MINAYO, M. C. S. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 13. ed. São Paulo: Editora Hucitec, 2013.
PASCHOAL, T.; TORRES, C. V.; PORTO, J. B. Felicidade no trabalho: relações com suporte organizacional e siporte social. Rev. Adm. Contemp., v. 14, n. 6, 2010. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1415-65552010000700005&script=sci_abstract&tlng=pt. Acesso em: 07 nov. 2019.
RAUSCH, R. B.; DUBIELLA, E. Fatores que promoveram mal ou bem-estar ao longo da profissão docente na opinião de professores em fase final de carreira. Rev. Diálogo Educ., Curitiba, v. 13, n. 40, p. 1041-1061, set./dez. 2013. Disponível em: https://periodicos.pucpr.br/index.php/dialogoeducacional-/article/download/3001/2926. Acesso em: 26 ago. 2019.
RODRIGUES, L. S. Do mal-estar ao bem-estar docente: uma análise de caso Argentina e Brasil. 2011. 117 f. Dissertação (Mestrado em Educação) - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2011.
SILVA, M. P.; NEVES, I. P. Compreender a (in)disciplina na sala de aula: uma análise das relações de controle e de poder. Rev. Port. de Educação, v. 19, n. 1, p. 5-41, 2006. Disponível em: http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?-script=sci_arttext&pid=S0871-91872006000100002. Acesso em: 26 ago. 2019.
SIQUEIRA, M. M. M.; PADOVAM, V. A. R. Bases teóricas de bem-estar subjetivo, bem-estar psicológico e bem-estar no trabalho. Psicologia: Teoria e Pesquisa, v. 24, p. 201-209, 2008. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S010237722008000200010&script=sci_abstract&tlng=pt. Acesso em: 14 dez. 2019.
TIMM, J. W.; STOBÄUS, C.; MOSQUERA, J. J. M. Psicologia Positiva e bem-estar docente: Estado de Conhecimento (CAPES, 2011-2012). Educação Por Escrito, Porto Alegre, v. 5, n. 2, p. 228-239, jul/dez. 2014. Disponível em: http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/porescrito/article/download/17805/12404. Acesso em: 20 jan. 2020.
TRALDI, M. T. F.; DEMO, G. Comprometimento, bem-estar e satisfação dos professores de Administração de uma Universidade Federal. REAd, Porto Alegre, v. 72, n. 2. mai.ago. 2012. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S141323112012000200001&script=sci_abstract&tlng=pt. Acesso em: 02 ago. 2019.
ZACHARIAS, J. Bem-estar docente: um estudo em escolas públicas de Porto Alegre. 2012. 153 f. Dissertação (Mestrado em Educação) - Pontifícia Universidade Católica do RS, 2012.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Laeda Bezerra Machado, Camila Afonso Ferreira de Araújo
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by-nc/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
DECLARAÇÃO DE RESPONSABILIDADE: Certifico que participei da concepção do trabalho, em parte ou na íntegra, que não omiti quaisquer ligações ou acordos de financiamento entre os autores e companhias que possam ter interesse na publicação desse artigo. Certifico que o texto é original e que o trabalho, em parte ou na íntegra, ou qualquer outro trabalho com conteúdo substancialmente similar, de minha autoria, não foi enviado a outra revista e não o será enquanto sua publicação estiver sendo considerada pela Revista Educar Mais, quer seja no formato impresso ou no eletrônico.
O autor responsável pela submissão representa todos os autores do trabalho e, ao enviar o artigo para a revista, está garantindo que tem a permissão de todos para fazê-lo. Da mesma forma, assegura que o artigo não viola direitos autorais e que não há plágio no trabalho. A revista não se responsabiliza pelas opiniões emitidas.
A Revista Educar Mais é de acesso aberto (Open Access), sem que haja a necessidade de pagamentos de taxas, seja para submissão ou processamento dos artigos. A revista adota a definição da Budapest Open Access Initiative (BOAI), ou seja, os usuários possuem o direito de ler, baixar, copiar, distribuir, imprimir, buscar e fazer links diretos para os textos completos dos artigos nela publicados.
Todos os artigos são publicados com a licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional. Os autores mantém os direitos autorais sobre suas produções, devendo ser contatados diretamente se houver interesse em uso comercial dos trabalhos.