UM ESTUDO SOBRE OS ERROS ORTOGRÁFICOS DE ALUNOS DO IFSUL (CÂMPUS CAVG), À LUZ DO MODELO DE REDESCRIÇÃO REPRESENTACIONAL (MRR) DE KARMILOFFSMITH E SUA REPERCUÇÃO NO ENSINO DE ORTOGRAFIA NO ENSINO MÉDIO
DOI:
https://doi.org/10.15536/reducarmais.1.2016.%25p.524Resumo
Este estudo apresenta como temática de pesquisa os erros ortográficos presentes em textos narrativos de alunos do ensino médio oriundos de quatro cursos do IFSUL – Campus Pelotas Visconde da Graça (CAVG). O objetivo geral desta pesquisa foi verificar quais eram os tipos de erros ortográficos mais abundantes em tais textos nessa etapa da educação básica e ainda, o motivo deles ocorrerem. Apoiados no Modelo de Redescrição Representacional (MRR) de Karmiloff-Smith (1986, 1994), Morais (1995), Miranda et alli (2005) e Guimarães (2005) buscou-se verificar a relação entre quantidade de erros ortográficos presentes nos textos analisados e os níveis de redescrição do conhecimento ortográfico dos sujeitos estudados. A pesquisa caracterizou-se como quanti-qualitativa, sendo que analisou-se dois grupos durante o estudo - um transversal, composto por 273 alunos para se verificar, primeiramente, quais eram os principais erros ortográficos presentes nos alunos do ensino médio do meio estudado e outro longitudinal, composto por 15 alunos acompanhados durante todo o ensino médio, com o intuito de verificar se aqueles erros ortográficos encontrados junto ao grupo transversal se mantinham e, para investigar, através de entrevistas, qual o nível de redescrição representacional em que os sujeitos do segundo grupo se encontravam, relativamente ao conhecimento ortográfico do português. A análise dos dados do grupo tranversal mostrou que os tipos de erros ortográficos encontrados nas coletas junto a ambos os grupos – Transversal e Longitudinal eram análogos: em primeiro lugar, erros advindos das chamadas irregularidades do sistema ortográfico (p.ex: sinema>cinema), em especial os casos de representação do fonema/s/ e do fonema/z/, seguidos dos erros ortográficos relacionados à motivação fonética da língua (p.ex: andá>andar) e dos erros ortográficos relacionados à segmentação não-convencional da escrita (hipo e hipersegmentação – p.ex: derrepente>de repente e a visou>avisou), sendo a hipossegmentação mais numerosa nos dados do que a hipersegmentação. Tais erros ortográficos correspondem a cerca de 75% dos dados totais desta pesquisa.O estudo verificou, ainda, junto ao grupo longitudinal, que os alunos com menor número de erros ortográficos apresentaram durante a entrevista maior número de momentos característicos de níveis E3, o maior do MRR, ou seja, eram capazes de verbalizar as regras ortográficas ou transgressões realizadas conscientemente, os com mediano número de erros ortográficos apresentou menos momentos de E3 e mais de E2 e os com maior número de erros apresentavam poucos momentos da entrevista caracterizados como de E2 e poucos momentos de E3.Tais constatações corroboram a ideia de que o ensino de ortografia precisa ser revisto e retomado, mesmo nas séries que compõem o ensino médio.Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
DECLARAÇÃO DE RESPONSABILIDADE: Certifico que participei da concepção do trabalho, em parte ou na íntegra, que não omiti quaisquer ligações ou acordos de financiamento entre os autores e companhias que possam ter interesse na publicação desse artigo. Certifico que o texto é original e que o trabalho, em parte ou na íntegra, ou qualquer outro trabalho com conteúdo substancialmente similar, de minha autoria, não foi enviado a outra revista e não o será enquanto sua publicação estiver sendo considerada pela Revista Educar Mais, quer seja no formato impresso ou no eletrônico.
O autor responsável pela submissão representa todos os autores do trabalho e, ao enviar o artigo para a revista, está garantindo que tem a permissão de todos para fazê-lo. Da mesma forma, assegura que o artigo não viola direitos autorais e que não há plágio no trabalho. A revista não se responsabiliza pelas opiniões emitidas.
A Revista Educar Mais é de acesso aberto (Open Access), sem que haja a necessidade de pagamentos de taxas, seja para submissão ou processamento dos artigos. A revista adota a definição da Budapest Open Access Initiative (BOAI), ou seja, os usuários possuem o direito de ler, baixar, copiar, distribuir, imprimir, buscar e fazer links diretos para os textos completos dos artigos nela publicados.
Todos os artigos são publicados com a licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional. Os autores mantém os direitos autorais sobre suas produções, devendo ser contatados diretamente se houver interesse em uso comercial dos trabalhos.