Mulheres egressas da EJA em cursos de licenciatura no litoral norte gaúcho
DOI:
https://doi.org/10.15536/reducarmais.7.2023.2986Palavras-chave:
Educação de Jovens e Adultos, Egressas da EJA, Mulheres no Ensino SuperiorResumo
Este estudo visa problematizar saber quem são e quais expectativas apresentam duas mulheres egressas da Educação de Jovens e Adultos (EJA) que frequentaram cursos de licenciatura nas Instituições de Ensino Superior (IES) públicas no Litoral Norte do Rio Grande do Sul (RS). Frente ao questionamento, os objetivos específicos foram compreender de que forma a EJA contribuiu para que elas chegassem ao Ensino Superior, conhecer quais eram suas expectativas quando estavam na EJA olhando para o Ensino Superior, perceber os motivos pelos quais optaram pela licenciatura, verificar como se sentem e se percebem nesse contexto na IES e saber que expectativas futuras possuem. A metodologia mediante pesquisa de abordagem qualitativa, bibliográfica, com pesquisa de campo, tendo como instrumento de produção de dados, um questionário. A análise dos dados produzidos teve por orientação a Análise de Conteúdo proposta por Bardin (2016) que permitiu a categorização por eixos. Como principais resultados, destaca-se que a EJA contribuiu significativamente, tanto para o ingresso como para a permanência de ambas nas licenciaturas que efetivam. Através de seus relatos, foi possível compreender o quanto as políticas públicas de acesso e permanência no Ensino Superior foram importantes para lhes conceder as oportunidades necessárias para vencerem os desafios e seguirem sua formação profissional. Destaca-se ainda, que na base de suas expectativas se configura o engajamento e a militância de uma docência com compromisso com outras mulheres e homens que precisam concluir a Educação Básica.
Downloads
Referências
ALMEIDA, Jane Soares. Mulheres na escola: Algumas reflexões sobre o magistério feminino, Cad. Pesq., São Paulo, n. 96, p. 71-78, fev. 1996. Disponível em: http://www.fcc.org.br/pesquisa/publicacoes/cp/arquivos/332.pdf> 31/07/2022.
ASSIS, Ligia Lobo. O curso de formação de docentes, modalidade normal, em nível médio: questões atuais em perspectiva histórica, 2015. Disponível em: https://educere.bruc.com.br/arquivo/pdf2015/16309_11134.pdf> Acesso em: 31/07/2022.
ALVES, José Eustáquio Diniz. A Polêmica Malthus versus Condorcet reavaliada à luz da transição demográfica. Rio de Janeiro: Escola Nacional de Ciências Estatísticas, 2002. Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv1642.pdf
ALVES, José Eustáquio Diniz; CORRÊA, Sônia. Igualdade e desigualdade de gênero no Brasil: um panorama preliminar, 15 anos depois do Cairo. Disponível em: http://www.abep.org.br/publicacoes/index.php/livros/article/view/113/111 p. 121-223, 2015.
ARROYO, Miguel Gonzales. Passageiros da Noite: do trabalho para a EJA: Itinerários pelo direito a uma vida justa. Petrópolis, RJ: Vozes, 2017.
BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. Tradução Luís Antero Reto. Augusto Pinheiro. São Paulo: Edições 70, 2016. 3 reimp. 2016.
BEAUVOIR, S. O segundo sexo: fatos e mitos. 4. ed. São Paulo: Difusão europeia do livro, 1970.
BRANDÃO, Carlos Rodrigues. A educação popular e a educação de jovens e adultos: antes e agora. In: MACHADO, Maria Margarida. (Org.). Formação de Educadores de Jovens e Adultos. Brasília: SECAD/MEC/UNESCO, 2008, v. 1, p. 17-56.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: 1988. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm Acesso em: 10 abr. 2022.
BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, 1996. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm Acesso em: 23 fev. 2022.
CARVALHO, Rutineia Oliveira. Sociedade, mulher e profissão. Revista de Gestão e Secretariado, v. 7, n. 1, p. 27-44, 2016. Disponível em: https://revistagesec.org.br/secretariado/article/view/396/pdf_1 Acesso em: 12 abr. 2022.
COLLINS, Patrícia Hill. Aprendendo com a outsider within: a significação sociológica do pensamento feminista negro. Revista Sociedade e Estado. Brasília, v. 31, n. 1, p. 99-127, 2016. Disponível em: https://www.scielo.br/j/se/a/MZ8tzzsGrvmFTKFqr6GLVMn/?format=pdf&lang=pt Acesso em: 31/07/2022.
CORREA, Maria Ivanete da Silva. Mulheres egressas da EJA em curso de licenciatura no Litoral Norte. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação), Universidade Estadual do Rio Grande do Sul, Curso de Licenciatura em Pedagogia, Unidade em Osório, 2022.
CORTADA, Silvana (org.). EJA: Educação de jovens e adultos e seus diferentes contextos. Jundiaí, SP: Paco, 2013. 200 p. (Pedagogia de A a Z; v. 12).
FREIRE, Paulo. Cartas à Guiné-Bissau: registros de uma experiência em Processo. 2ª ed., Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1978. 173p.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 46. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005.
GAFFORELLI, Catiana Dias; SANT'ANNA, Sita Mara Lopes; SILVA, Veronice Camargo.Vozes dos estudantes da EJA: uma investigação sobre os sentidos do retorno de jovens e adultos à escola. Revista Cocar, v. 14, n. 30, 2020. Disponível em: https://periodicos.uepa.br/index.php/cocar/article/view/2657 Acesso em: 11 mar. 2022.
HOOKS, Bell. Ensinando a transgredir: a educação como prática de liberdade. Tradução de Marcelo Brandão. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2013.
HOOKS, Bell. Erguer a voz: pensar como feminista, pensar como negra. São Paulo: Elefante, 2019.
JESUS FILHO, Rubem Teixeira. Contrariando a sina - da educação de jovens e adultos ao ensino superior: escolaridades exitosas de alunas-trabalhadoras. Dissertação (Mestrado em Educação), Universidade Federal de Goiás (UFG), 2013. Disponível em: https://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tde/2914. Acesso em: 12 mar. 2022.
LUGONES, María. Rumo a um feminismo descolonial. Estudos Feministas, Florianópolis, v. 22. p. 935-952, set./dez., 2014.
MINAYO, Maria Cecília de Souza (org.). Pesquisa Social: Teoria, método e criatividade. 28 ed. Petrópolis: Vozes, 2009.
MIOTTO, Keila; NEGRI, Luís Carlos; SALLES, Atílio Catosso. (2022). A educação para além da escola: considerações sobre o ato de educar à luz de Paulo Freire. Revista Educar Mais, 6, 1–12. https://doi.org/10.15536/reducarmais.6.2022.2627.
NARVAZ, Martha Giudice. A (in)visibilidade do gênero na psicologia acadêmica: onde os discursos fazem (se) política. Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). 2009, Tese (Doutorado). Programa de Pós-graduação em Psicologia, Porto Alegre, 2009.
NARVAZ, Martha Giudice; KOLLER, Sílvia Helena. Metodologias feministas e estudos de gênero: articulando pesquisa, clínica e política. Psicologia em Estudo [online]. 2006, v. 11, n. 3., pp. 647-654. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1413-73722006000300021. Acesso em: 29 abr. 2022.
NARVAZ, Martha Giudice; SANT’ANNA, Sita Mara Lopes; TESSELER, Fani Averbuh. Gênero e educação de jovens e adultos: a histórica exclusão das mulheres dos espaços de saber-poder. Diálogo, n. 23, p. 93-104, 2013. Disponível em: https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=5113442 , Acesso em: 08 mar. 2022.
NOGUERA, Renato. Mulheres e deusas: Como as divindades e os mitos femininos formaram a mulher atual. Harper Collins Brasil, 2018.
NORONHA, Gessica Nunes; NORONHA, Arimalte Alves Noronha.; ABREU, Mariana Cristina Alves de. Relato de vivências no Pibid: aproximações com a construção docente. Práticas Educativas, Memórias e Oralidades - Rev. Pemo, [S. l.], v. 2, n. 3. 2020. Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/revpemo/article/view/3748. Acesso em: 11 jun. 2022.
RAGO, Margareth. Epistemologia feminista, gênero e história. In: PEDRO, Joana Maria e GROSSI, Miriam Pillar. Masculino, feminino, plural: gênero na interdisciplinaridade. Florianópolis: Ed. Mulheres, 1998, p. 21-41.
ROSA, Caroline de Moura; SANT'ANNA, Sita Mara Lopes; STRAMARE, Odilon Antônio. Sentidos de qualidade: vozes de professores e estudantes egressos da EJA no ensino superior. Revista de Educação Pública, v. 28, n. 67, p. 15-37, 2019. Disponível em: https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/educacaopublica/article/view/7038. Acesso em: 08 mar. 2022.
SILVA, Kelly Cristina Rodrigues Gularte da. Processos identitários de ser professora de inglês na educação básica em Triunfo, no Rio Grande do Sul. 2022, 235f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Estadual do Rio Grande do Sul, Osório, 2022.
SILVA, Valdete Aparecida; HANOFF, Mirozete Iolanda Volpato. MULHERES EGRESSAS DA EJA NO ENSINO SUPERIOR–LUTAS E CONQUISTAS. Revista Saberes Pedagógicos, v. 4, n. 2, p. 339-362, 2020. Disponível em: http://periodicos.unesc.net/pedag/article/view/6181. Acesso em: 09 mar. 2022.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Maria Ivanete Silva Correa, Sita Mara Lopes Sant' Anna, Kelly Cristina Rodrigues Gularte
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
DECLARAÇÃO DE RESPONSABILIDADE: Certifico que participei da concepção do trabalho, em parte ou na íntegra, que não omiti quaisquer ligações ou acordos de financiamento entre os autores e companhias que possam ter interesse na publicação desse artigo. Certifico que o texto é original e que o trabalho, em parte ou na íntegra, ou qualquer outro trabalho com conteúdo substancialmente similar, de minha autoria, não foi enviado a outra revista e não o será enquanto sua publicação estiver sendo considerada pela Revista Educar Mais, quer seja no formato impresso ou no eletrônico.
O autor responsável pela submissão representa todos os autores do trabalho e, ao enviar o artigo para a revista, está garantindo que tem a permissão de todos para fazê-lo. Da mesma forma, assegura que o artigo não viola direitos autorais e que não há plágio no trabalho. A revista não se responsabiliza pelas opiniões emitidas.
A Revista Educar Mais é de acesso aberto (Open Access), sem que haja a necessidade de pagamentos de taxas, seja para submissão ou processamento dos artigos. A revista adota a definição da Budapest Open Access Initiative (BOAI), ou seja, os usuários possuem o direito de ler, baixar, copiar, distribuir, imprimir, buscar e fazer links diretos para os textos completos dos artigos nela publicados.
Todos os artigos são publicados com a licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional. Os autores mantém os direitos autorais sobre suas produções, devendo ser contatados diretamente se houver interesse em uso comercial dos trabalhos.