Novas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial de Professores para a Educação Básica: avanços ou retrocessos?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15536/reducarmais.5.2021.2409

Palavras-chave:

Formação de Professores, Estágio, Prática como Componente Curricular

Resumo

O artigo contextualiza a política de formação de professores da Educação Básica no Brasil fazendo uma análise das Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação inicial e continuada dos profissionais da educação de 2001 até 2019, tendo como foco principal a discussão do entendimento de prática como componente curricular nesses documentos. Apresentamos uma análise do tempo dedicado à prática ao longo dos Cursos, bem como dos deslocamentos do conceito de Prática nos documentos. É possível perceber uma variação entre posturas mais teóricas até aquelas mais voltadas para a aplicação dos conhecimentos. Por último, é descrito que as Novas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial de Professores da Educação Básica podem prejudicar a constituição de futuros docentes reflexivos, autônomos e com abrangência nos mais diferentes saberes profissionais, disciplinares, curriculares e experienciais.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Nelson Luiz Reyes Marques, Instituto Federal Sul-rio-grandense -IFSul

Possui Licenciatura em Ciências pela Fundação Universidade Federal do Rio Grande, Licenciatura em Ciências Habilitação em Física pela Universidade Católica de Pelotas , Mestrado em Ensino de Física pela UFRGS (2009) e Doutorado em Ensino de Ciências e Matemática.

Gilberto Orengo, Universidade Franciscana - UFN

Possui graduação em Física Licenciatura pela Universidade Federal de Santa Maria (1989), mestrado em Física pela Universidade Federal de Santa Maria (1997) e doutorado em Engenharia Mecânica (Engenharia Nuclear) pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2001). Atualmente é professor adjunto da Universidade Franciscana.

Maykon Gonçalves Müller, Instituto Federal Su-rio-grandense -IFSUL

Possui graduação em Licenciatura em Física (UFRGS - 2010), Mestrado em Ensino de Física (UFRGS - 2013) e Doutorado em Ensino de Física (UFRGS - 2017). É professor EBTT de Física no Instituto Federal Sul-Rio-Grandense campus Pelotas Visconde da Graça. Atualmente, exerce a função de coordenador do curso de Licenciatura em Física. Está vinculado como membro permanente do Programa de Pós-Graduação em Ciências e Tecnologias na Educação PPGCITED. A área da pesquisa em que atua envolve a investigação da aplicação de inovações didáticas; mais especificamente, a adoção e difusão de métodos interativos de ensino.

Cristiano da Silva Buss, Instituto Federal Su-rio-grandense - IFSUL

 Possui graduação em Licenciatura Plena em Física (2000) pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Especialização em Ensino de Ciências e Matemática (2009) pela UFPel, Mestrado em Educação (2012) pela Faculdade de Educação da UFPel e Doutorado em Educação em Ciências (2017) pela Universidade Federal do Rio Grande (FURG). É professor de Física do Ensino Médio, Superior, Especialização e Mestrado Profissional do Campus Pelotas Visconde da Graça do Instituto Federal Sul-rio-grandense.

Marcos André Betemps Vaz da Silva, Instituto Federal Su-rio-grandense - IFSUL

Possui graduação em Licenciatura Plena Em Física pela Universidade Federal de Pelotas (1999), mestrado em Física pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2002) e é Doutor em Ciências pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2007). É professor de Física no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-rio-grandense no Campus Pelotas - Visconde da Graça (IFSul/CaVG) e membro do Núcleo de Estudos em Ciências e Matemática do Campus Pelotas - Visconde da Graça. É integrante do Grupo de Estudos Avançados e Pesquisa em Ensino de Ciências - GEAPEC do CaVG/IFSul, do Grupo de Pesquisa Comenius do CaVG/IFSul e do Grupo de Pesquisa Fenomenologia de Partículas de Altas Energias do IF/UFRGS. Desenvolve atividades de pesquisa e extensão relacionadas às Novas Tecnologias na Educação e Ensino de Ciências e atualmente é o Coordenador do Mestrado Profissional em Ciências e Tecnologias na Educação (PPGCITED) do IFSul/CaVG.

Referências

BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN). Estabelece as Diretrizes e bases da Educação Nacional. Brasília, DF. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm>. Acesso em:10 outubro. 2019.

BRASIL. Resolução nº 30, de 11 de julho de 1974. Fixa os mínimos de conteúdo e duração a observar na organização do curso de licenciatura em Ciências. CFE. Documenta, Brasília, (164): 509-11, jul. 1974.

BRASIL. Parecer CNE/CP nº 9, de 8 de maio de 2001a. Proposta de Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, curso de licenciatura, de graduação plena. Brasília, DF, 2001a. Disponível em: <http://portal.mec.gov. br/cne/arquivos/pdf/009.pdf>. Acesso em: 18 outubro. 2019.

BRASIL. Parecer CNE/CP nº 28, de 2 de outubro de 2001b. Dá nova redação ao Parecer CNE/CP 21/2001, de 6 de agosto de 2001, e discorre sobre a duração e a carga horária dos cursos de Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, curso de licenciatura, de graduação plena. Brasília, DF, 2001b. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/028.pdf>. Acesso em: 12 outubro. 2019.

BRASIL. Resolução CNE/CP nº 1, de 18 de fevereiro de 2002a. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior. Brasília, DF, 2002a. Disponível em: . Acesso em:12 outubro. 2019.

BRASIL. Resolução CNE/CP nº 2, de 19 de fevereiro de 2002b. Institui a duração e a carga horária dos cursos de Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior. Brasília, DF, 2002b. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/CP022002.pdf>.Acesso em: 12 outubro. 2019.

BRASIL. Parecer CNE/CES nº 15, de 2 de fevereiro 2005. Solicitação de esclarecimento sobre as Resoluções CNE/CP nºs 1 e 2/2002, que instituem Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior. Brasília, DF. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/pces0015_05.pdf.>. Acesso em: 10 outubro. 2015.

BRASIL. Parecer CNE/CP nº 2, de 9 de junho de 2015a. Define Diretrizes Curriculares Nacionais para Formação Inicial e Continuada dos Profissionais do Magistério da Educação Básica. Brasília, DF, 2015a. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=17625-parecer-cne-cp-2-2015-aprovado-9-junho-2015&category_slug=junho-2015-pdf&Itemid=30192>. Acesso em: 15 out. 2019.

BRASIL. Resolução CNE/CP nº 2, de 1º de julho de 2015b. Define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial, em nível superior (cursos de licenciatura, cursos de formação pedagógica para graduados e cursos de segunda licenciatura) e para a formação continuada. Brasília, DF, 2015b. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=17719-res-cnecp-002-03072015&category_slug=julho-2015-pdf&Itemid=30192>. Acesso em: 15 out. 2019.

BRASIL. Parecer CNE/CP nº 22, de 7 de novembro de 2019. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial de Professores para a Educação Básica e Base Nacional Comum para a Formação Inicial de Professores da Educação Básica (BNC-Formação). Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=133091-pcp022-19-3&category_slug=dezembro-2019-pdf&Itemid=30192. Acesso em: 12 de dezembro de 2019.

BRASIL. Resolução CNE/CP nº 2, de 20 de dezembro de 2019. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial de Professores para a Educação Básica e institui a Base Nacional Comum para a Formação Inicial de Professores da Educação Básica (BNC-Formação). Disponível em: < http://portal.mec.gov.br/docman/dezembro-2019-pdf/135951-rcp002-19/file>. Acesso em: 29 dezembro 2019.

DA SILVA, S. L. R.; BRINATTI, A. M.; DE ANDRADE, A. V. C.; DA SILVA, J. B. A prática como componente curricular na licenciatura em física da Universidade Estadual de Ponta Grossa. Revista Tecné, Episteme y Didaxis: TED. Número Extraordinario, Bogotá, 2016.

DOURADO, L. F. Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação inicial e continuada dos profissionais do magistério da Educação Básica: Concepções e desafios. Educação e Sociedade, v. 36, nº. 131, 2015.

MESQUITA, N. A.; SOARES, M. H. F. B. Aspectos históricos dos cursos de licenciatura em química no brasil nas décadas de 1930 a 1980. Química Nova, Vol. 34, No. 1, 165-174, 2011.

TARDIF, M. Saberes profissionais dos professores e conhecimentos universitários: elementos para uma epistemologia da prática profissional dos professores e suas consequências em relação à formação para o magistério. Rev. Bras. de Educação, Rio de Janeiro, n. 13, p. 1–20, jan./fev./mar./abr. 2000.

TARDIF, M. Saberes Docentes e Formação profissional. 17. ed. Petrópolis: Vozes, 2018.

PEREIRA, B.; MOHR A. Origem e Contornos da Prática como Componente Curricular. In: MOHR A.; Wielewicki, H. de G. Prática como componente curricular: que novidade é essa 15 anos depois? Florianópolis: NUP/CED/UFSC, 2017.

PIMENTA, Selma G.; LIMA, Maria S. L. Estágios supervisionados e o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência: duas faces da mesma moeda?. Revista Brasileira de Educação. v. 24 e240001, 2019.

SOUZA NETO, S. de; SILVA, V. P. da. Prática como Componente Curricular: questões e reflexões. Rev. Diálogo Educ., Curitiba, v. 14, n. 43.

Downloads

Publicado

2021-05-11

Como Citar

Marques, N. L. R., Orengo, G., Müller, M. G., Buss, C. da S., & Vaz da Silva, M. A. B. . (2021). Novas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial de Professores para a Educação Básica: avanços ou retrocessos?. Revista Educar Mais, 5(3), 637–649. https://doi.org/10.15536/reducarmais.5.2021.2409

Edição

Seção

Artigos