Usos da terra e ameaças para a conservação da biodiversidade no bioma Pampa, Rio Grande do Sul
DOI:
https://doi.org/10.15536/thema.12.2015.4-13.318Palabras clave:
Bioma pampa, pecuária, silvicultura, agricultura, impactos antrópicosResumen
O bioma Pampa integra 62,2% do território do Rio Grande do Sul e é formado por ecossistemas naturais com alta diversidade de espécies animais e vegetais, que compõe uma rede ambiental complexa e de grande importância. Estudos apontam que existem mais de 2.200 espécies campestres constituindo um patrimônio genético notável até então pouco conhecido. O presente trabalho teve como objetivo avaliar o atual uso da terra nos 97 municípios que possuem 100% do seu território inseridos dentro dos limites do bioma Pampa e analisar se eles são uma ameaça ou podem ser uma oportunidade para a conservação da biodiversidade do bioma. A área dos municípios analisados representam 79,54% da área total do bioma no Brasil. Para as análises foram utilizadas bases de dados históricas do IBGE e FEPAM. As pastagens ocupam 46,48% do território, a agricultura, com 16,67% e a silvicultura, com 3,37%. Os dados apontam que a matriz da paisagem campestre ainda predomina, porém avanços da agricultura e silvicultura convertem campos naturais em áreas de menor diversidade biológica sem prévio planejamento e monitoramento das intervenções. Para aliar conservação e produtividade ao bioma, faz-se necessário desenvolver um zoneamento ecológico econômico com a participação de instituições de pesquisas, órgãos reguladores, setor produtivo e sociedade para nortear os usos da terra que melhor se integrarão com a conservação das paisagens e funções ecológicas do bioma Pampa.
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