Por que me tornei um físico

análise das motivações para a escolha e permanência na carreira científica a partir de entrevistas conduzidas por ocasião do Dia do Físico (2020)

Autores

  • Antônio Nunes de Oliveira Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará - IFCE, Cedro/CE - Brasil
  • José Wally Mendonça Menezes Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará - IFCE, Fortaleza/CE - Brasil

DOI:

https://doi.org/10.15536/thema.V22.2023.553-564.3166

Palavras-chave:

motivação do aluno, Física, carreira científica

Resumo

A Física é uma Ciência que, pela sua amplitude e abrangência, traz conhecimentos indispensáveis para o avanço de diversas áreas do conhecimento humano e da tecnologia. Mesmo sendo uma área tão importante, não se tem conseguido atrair tantos jovens para a Física; tanto é verdade que as turmas de licenciaturas em Física são extremamente pequenas, mesmo quando comparadas às de Matemática, cuja procura também é reduzida. Esta pesquisa, de natureza quali-quantitativa, investigou o que tem motivado as pessoas a se decidirem pela Física como profissão e a construírem suas trajetórias na área. A coleta de dados, realizada através da análise de conteúdo das entrevistas conduzidas por ocasião do Dia do Físico (2020), permitiu constatar que as principais motivações que levaram os entrevistados a se tornarem físicos foram: curiosidade científica; divulgação científica, jogos, brinquedos e experimentos científicos; a ponte que a Física estabelece com outras áreas do conhecimento, além do incentivo financeiro, das olimpíadas científicas e dos programas governamentais e projetos de extensão universitária. Todas as motivações citadas ganham reforço com a presença de professores inspiradores, cujas principais características são a didática, o domínio do conteúdo, o aspecto humano e acolhedor, a paixão pelo ensino, além da capacidade de relacionar a Ciência com o cotidiano dos estudantes.

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Biografia do Autor

Antônio Nunes de Oliveira, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará - IFCE, Cedro/CE - Brasil

É licenciado em Física pela Universidade Estadual do Ceará (UECE/2008), mestre em Ensino de Ciências e Matemática pela Universidade Federal do Ceará (UFC/2013), especialista em Ensino de Astronomia pela Cruzeiro do Sul (Cruzeiro do Sul Virtual/2021). Foi aluno do Curso de Bacharelado em Direito da Universidade Regional do Cariri (URCA) e aluno do Curso de Licenciatura em Matemática da Universidade Estadual do Ceará, Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Iguatu (UECE/FECLI). É aluno do programa de pós-graduação em Engenharia de Processos da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) e do Programa de Pós-Graduação em ENSINO da Rede Nordeste de Ensino (RENOEN). Atuou como professor do curso de Licenciatura em Física da UECE/FECLI durante o período 2010-2013. Foi professor efetivo no Instituto Federal do Pará (IFPA/CRMB), onde atuou na educação do campo e no PAFOR, trabalhando com os povos indígenas, quilombolas e assentados. Foi professor efetivo no Instituto Federal do Piauí - IFPI/CAMPUS PICOS e também no Instituto Federal do Ceará - IFCE Sobral, tendo atuado como professor e coordenador do Curso de Licenciatura em Física do IFCE Sobral. Entre 2014 e 2017 atuou como professor convidado no projeto Ibaorebu, coordenado pela FUNAI juntamente com o IFPA e o povo indígena Munduruku. É coordenador e idealizador de algumas ações de divulgação e popularização da Ciência, dentre elas o Evento Científico Unificado: Jornada de Física, uma ação que reúne anualmente estudantes e professores da Educação Básica e dos cursos de Licenciatura em Física do Brasil e outros países. Atualmente é servidor do quadro efetivo no IFCE campus Cedro, onde atua como professor na Licenciatura em Física, em cursos Técnicos e desenvolve pesquisas em Ensino de Física (com ênfase em Física Moderna e Contemporânea), em Ensino de Ciências e Matemática e, em Processos térmicos e de separação. É revisor de períodicos nacionais e editor associado do Jornal Mato-Grossense de Física. Atua frequentemente em ações de divulgação e popularização da Ciência.

Lattes: http://lattes.cnpq.br/0413684696036057

José Wally Mendonça Menezes, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará - IFCE, Fortaleza/CE - Brasil

Licenciatura, Bacharelado, Mestrado e Doutorado em Física pela Universidade Federal do Ceará (UFC). É professor do doutorado em Ensino, da Rede Nordeste de Ensino (RENOEN), Professor do Departamento de Telemática e do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Telecomunicações (PPGET) todos do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE). É pesquisador do laboratório de Fotônica e Eletromagnetismo aplicado/IFCE e colaborador do Laboratório de Telecomunicações e Ciência e Engenharia de Materiais - LOCEM/UFC. Tem experiência na área de Física aplicada a Telecomunicações, Educação, Eletromagnetismo, Áreas Clássicas da Fenomenologia e suas Aplicações, atuando principalmente nos seguintes temas: Sistemas de Telecomunicações, Grafeno, Internet das Coisas (IoT), Big Data, Fotônica, Redes sensores, Comunicação óptica, Telesaúde e Smart City. Membro Titular da Academia Cearense de Matemática (ACM) e atualmente ocupa o cargo de Reitor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará - IFCE.

Lattes: http://lattes.cnpq.br/1278089649826222

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Publicado

2023-09-14

Como Citar

OLIVEIRA, A. N. de; MENEZES, J. W. M. Por que me tornei um físico: análise das motivações para a escolha e permanência na carreira científica a partir de entrevistas conduzidas por ocasião do Dia do Físico (2020). Revista Thema, Pelotas, v. 22, n. 2, p. 553–564, 2023. DOI: 10.15536/thema.V22.2023.553-564.3166. Disponível em: https://periodicos.ifsul.edu.br/index.php/thema/article/view/3166. Acesso em: 13 dez. 2024.

Edição

Seção

Ciências Humanas

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