Trabalho e educação na contemporaneidade: problematizações sobre a educação profissional no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.15536/thema.15.2018.621-633.829Palavras-chave:
Trabalho, Educação Profissional e Tecnológica, Crise, Contemporaneidade.Resumo
O presente artigo tem por objetivo problematizar as relações entre trabalho e educação que atravessam a educação profissional no Brasil, a partir das abordagens de autores como Demerval Saviani (2007) - que entende que, com advento do modo de produção capitalista e o desenvolvimento da sociedade de classes, de um lado temos o trabalho manual, com uma educação que se realiza concomitantemente ao próprio processo de trabalho e, por outro, temos a educação escolarizada que se destina ao trabalho intelectual – e Gilles Lipovetsky (2004) - que caracteriza a contemporaneidade como “a sociedade hipermoderna”, da aceleração dos ritmos da vida, das tensões temporais pessoais que se generalizam e se acirram, enfraquecendo os antagonismos de classe. Enredada nessa discussão está a educação profissional brasileira: a partir da produção de dados de uma pesquisa de mestrado, observa-se que a separação entre trabalho manual (ensino técnico) e trabalho intelectual (formação humana/cidadã) continua-lhe sendo pauta e se entende que a condição hipermoderna – um permanente estado de incertezas, de crise – pode gerar também a rediscussão dos seus marcos conceituais historicamente construídos.
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