Um desejo de aprender: maquinações de uma educação contemporânea
DOI:
https://doi.org/10.15536/thema.15.2018.197-212.774Palavras-chave:
Educação, maquinações, desejo, aprender.Resumo
Este artigo busca, a partir do contexto de uma educação dita contemporânea, perceber como um tensor o tom de um esgotamento do desejo de aprender. Este, que, por sua vez, sobressai-se das relações escolares, mesmo que se tenha, em princípio, condições biológicas, ditas propícias, para uma boa aprendizagem. Neste sentido, em ressonância à estas questões, busca-se mapear deslocamentos e reverberações do conceito de desejo de Gilles Deleuze e Félix Guattari entre a filosofia e a psicanálise, que diferente de uma oposição, constituem-se em um plano de agenciamentos intensivos, na possibilidade de pensar uma educação envolta em diferentes regimes de relações desejantes. Nesta perspectiva, utiliza-se como procedimentos de pesquisa os conceitos de cartografia e de agenciamento, como possibilidade de problematização e potencialização de uma aprendizagem maquinada por um desejo de diferença, que possa inferir no processo de criação implicado no próprio viver, como forma de produzir, novas estéticas singulares de aprendizagem, naquele que aprende, bem como no próprio processo educativo.
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