A qualidade do vinho catarinense

uma análise da gestão industrial e da percepção do consumidor

Autores

  • Luindson da Cruz de Carvalho Instituto Federal de Santa Catarina - UFSC
  • Ana Carolina Moura de Sena Aquino Universidade Tiradentes - UNIT
  • Carolina Pretto Panceri Instituto Federal de Santa Catarina - IFSC

DOI:

https://doi.org/10.15536/revistathema.24.2025.3743

Palavras-chave:

Ferramentas da qualidade, associação de palavras, indústria vinícola

Resumo

A indústria vinícola transforma a uva em vinho e utiliza diversas ferramentas para controlar os processos e obter produtos de qualidade. O objetivo deste estudo foi identificar os processos de controle de qualidade utilizados pelas vinícolas de Santa Catarina-Brasil, e relacioná-los com a percepção de qualidade identificada pelos consumidores de vinho catarinense. Realizou-se uma pesquisa qualitativa através da aplicação de questionário online incluindo a técnica de associação livre de palavras. Os resultados indicaram que as vinícolas de Santa Catarina participantes da pesquisa (n=39), utilizam preferencialmente como ferramenta da qualidade as Boas Práticas de Fabricação, e associaram com maior frequência à definição de qualidade palavras ligadas às dimensões de processo (36,36%) e atributos sensoriais (26,36%). Para os consumidores de vinhos catarinenses, a qualidade foi associada com maior frequência à dimensão de atributos sensoriais (69,3%) e em seguida por termos relacionados ao produto, como identidade visual e produto. Observa-se que a indústria vinícola e os consumidores possuem coerência quanto à importância dos aspectos sensoriais na percepção de qualidade de um vinho catarinense. Por outro lado, este estudo demonstra lacunas importantes correspondentes aos hábitos de consumo e produção de vinho em Santa Catarina, pois aspectos como qualidade e sustentabilidade foram pouco correlacionados. Assim, os dados desta pesquisa permitirão auxiliar no desenvolvimento do setor vinícola de Santa Catarina, subsidiando as indústrias na melhoria de seus processos com foco na qualidade e no posicionamento de seus produtos.

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Biografia do Autor

Luindson da Cruz de Carvalho, Instituto Federal de Santa Catarina - UFSC

No momento cursando especialização em tecnologia de bebidas alcoólicas no Instituto de Santa Catarina (IFSC - Campus Urupema), com previsão de termino em 2021. Possui graduação em Tecnologia em Processos Químicos (2019) pelo Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC - Campus Lages). Possui Técnico em Analises Químicas (2016) pelo Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC - Campus Lages). Projeto de pesquisa em 2018 (Avaliação da atividade antioxidante do extrato aquoso bruto de folhas das plantas nativas do Planalto serrano Catarinense Acca sellowiana e Psidium cattleianum no modelo de Saccharomyces cerevisae).

Ana Carolina Moura de Sena Aquino , Universidade Tiradentes - UNIT

Engenheira de alimentos formada pela Universidade Federal de Sergipe (2007), mestre em Ciência e Tecnologia de Alimentos pela mesma universidade (2009), especialista em Gestão da Segurança de Alimentos pelo SENAC (2010) e doutora em Ciência dos Alimentos pela Universidade Federal de Santa Catarina (2015). Realização de estágio pós-doutoral no Laboratório de Frutas e Hortaliças junto ao Programa de Pós-Graduação em Ciência dos Alimentos da Universidade Federal de Santa Catarina (2016) e atuação como professora voluntária no Departamento de Ciência e Tecnologia de Alimentos da mesma universidade. Especialista em Docência para a Educação Profissional pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina - IFSC (2021). Especialista em Desenvolvimento de Novos Produtos Alimentícios (2022). De 2016 a 2024 atuou como docente EBTT do IFSC. Especialista em Rotulagem de Alimentos e Bebidas (2025). De 2024 a 2025 atuou como pós-doutoranda da FAPITEC/SE, desenvolvendo as atividades no Laboratório de Pesquisa em Alimentos (LPA) do ITP/UNIT/SE a partir da execução do projeto "Resíduo da extração do óleo de licuri (Syagrus coronata (Mart.) Becc.) para produção de filmes e revestimentos biodegradáveis na conservação de mangabas (Hancornia speciosa Gomes)". Atualmente desenvolve, como bolsista pós-doc sênior da FAPITEC/SE no LPA/ITP/UNIT, o projeto de pós-doutorado intitulado de "Inovação e sustentabilidade com frutos do Nordeste: filmes com licuri como revestimento de um protótipo de embalagem 3D para conservação pós-colheita e transporte de mangabas". Pesquisadora na área de Ciência e Tecnologia de Alimentos com ênfase em: tecnologia de produtos de origem vegetal (pós-colheita, caracterização, potencial tecnológico, compostos bioativos e reaproveitamento de resíduos do processamento), estudo com consumidores, inovação e desenvolvimento de novos produtos. 

Carolina Pretto Panceri, Instituto Federal de Santa Catarina - IFSC

Tecnóloga em Viticultura e Enologia pelo Centro Federal de Educação Tecnológica CEFET-Bento Gonçalves (2008). Possui mestrado Profissionalizante em Qualidade de Bebidas e Alimentos (Agroquality) pela Facoltà Frederico II di Napoli-Itália (2009) e, é Mestre em Ciência dos Alimentos pela Universidade Federal de Santa Catarina (2014). Doutora em Ciência dos Alimentos pela Universidade Federal de Santa Catarina (2017). Atualmente é Professora de Enologia no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina - IFSC Campus Urupema. Possui experiência na área de Ciência e Tecnologia de Alimentos, com ênfase em produção e gerenciamento vinícola, pesquisa e inovação de produtos da uva e do vinho, atuando principalmente nos seguintes temas: uva e vinho, desidratação de uvas, compostos fenólicos, compostos voláteis, atividade antioxidante, análises cromatográficas e enoturismo

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Publicado

2025-10-02

Como Citar

DA CRUZ DE CARVALHO, L.; MOURA DE SENA AQUINO , A. C.; PANCERI, C. P. A qualidade do vinho catarinense: uma análise da gestão industrial e da percepção do consumidor. Revista Thema, Pelotas, v. 24, n. 2, p. 1–16, 2025. DOI: 10.15536/revistathema.24.2025.3743. Disponível em: https://periodicos.ifsul.edu.br/index.php/thema/article/view/3743. Acesso em: 8 out. 2025.

Edição

Seção

Ciências Exatas e da Terra