"Tiramos a batuqueira do meio de nós"

racismo religioso e suas implicações no mercado de trabalho em uma cidade no Sul do Rio Grande do Sul

Autores

  • Mariana Pinheiro de Souza Universidade Federal de Pelotas – UFPel, Pelotas/RS – Brasil
  • Mari Cristina de Freitas Fagundes Universidade Federal de Pelotas – UFPel, Pelotas/RS – Brasil

DOI:

https://doi.org/10.15536/thema.V23.2024.77-96.3478

Palavras-chave:

racismo religioso, religiões afro-brasileiras, gestão de pessoas, mercado de trabalho, pesquisa empírica

Resumo

O texto aborda o racismo religioso no ambiente de trabalho. A pesquisa é relevante porque a violação de direitos com base no racismo religioso é recorrente, sendo uma faceta do racismo estrutural. O município pesquisado é uma das cidades com maior contingente de negros do Estado, pois foi um grande centro escravocrata do país. Desse modo, o legado de resistência que se desenvolveu – como é o caso das religiões afro-brasileiras – faz com que o racismo estrutural se apresente dissimuladamente. O problema de pesquisa que move o estudo é: como o racismo religioso interfere na trajetória profissional de pessoas residentes na cidade de Pelotas? O objetivo geral foi verificar como o racismo religioso interfere na trajetória profissional de pessoas residentes nesse município, em diferentes organizações e cargos e, os específicos, são: analisar a percepção de trabalhadores afro-religiosos sobre o racismo religioso no ambiente de trabalho e; compreender como a gestão de pessoas pode reduzir essa prática. A metodologia utilizada foi qualitativa, com base em entrevistas semiestruturadas. Como resultado, se identificou que pessoas afro-religiosas sentem medo de manifestar a religiosidade no trabalho e, se o fazem, são punidas com demissões ou desqualificação do seu labor e que uma gestão de pessoas atenta à diversidade religiosa é uma potente estratégia na redução do racismo religioso no ambiente laboral.

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Biografia do Autor

Mariana Pinheiro de Souza, Universidade Federal de Pelotas – UFPel, Pelotas/RS – Brasil

Graduanda do Curso Superior de Tecnologia em Processos Gerenciais na Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Atua como monitora do grupo de estudos sobre Políticas Públicas e Desigualdades, que atualmente estuda a temática de relações raciais no Brasil. Pesquisadora do Grupo Transdisciplinar em Pesquisa Jurídica para uma Sociedade Sustentável na linha de pesquisa: Interseccionalidades e tecnologias disruptivas na (e para a) educação. Possui interesse nas pesquisas sobre religiões afro-brasileiras e relações étnicos-raciais.

Lattes: http://lattes.cnpq.br/7063826405336883

Mari Cristina de Freitas Fagundes, Universidade Federal de Pelotas – UFPel, Pelotas/RS – Brasil

Doutora em Sociologia pela Universidade Federal da Paraíba. Mestra em Sociologia pela Universidade Federal de Pelotas. Especialista em Direito Penal e Processual Penal pelo Complexo Educacional Damásio de Jesus. Graduada em Direito pela Faculdade Anhanguera de Pelotas. Professora Adjunta no Centro de Ciências Socio-Organizacionais da Universidade Federal de Pelotas. Realiza pesquisas voltadas à Sociologia da Violência e ao Sistema de Justiça Criminal, articulando conceitos como governamentalidade, necropolítica, branquitude e racismo estrutural, assim como a atuação em pesquisas empíricas neste campo. Nesse sentido, dá especial enfoque à pesquisas qualitativas.

Lattes: http://lattes.cnpq.br/6910779581863051

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Publicado

2024-02-29

Como Citar

SOUZA, M. P. de; FAGUNDES, M. C. de F. "Tiramos a batuqueira do meio de nós": racismo religioso e suas implicações no mercado de trabalho em uma cidade no Sul do Rio Grande do Sul. Revista Thema, Pelotas, v. 23, n. 1, p. 77–96, 2024. DOI: 10.15536/thema.V23.2024.77-96.3478. Disponível em: https://periodicos.ifsul.edu.br/index.php/thema/article/view/3478. Acesso em: 21 nov. 2024.

Edição

Seção

Ciências Sociais Aplicadas