O conceito de moda e o seu papel nas relações de gênero
DOI:
https://doi.org/10.15536/2594-4398.2017.v1.n01.pp.48-64Resumen
Este trabalho apresenta um recorte da dissertação “Mademoiselle Chanel: um discurso entre a magia do glamour e a eloquência da solidão” defendida no Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Católica de Pelotas no mês de dezembro de 2015. O presente artigo tem como objetivo principal discutir e analisar o conceito de moda e as implicações desta com as questões de gênero, evidenciando a participação das mulheres como designers e consumidoras deste sistema. Para fins de análise, utilizo fundamentos teóricos advindos das teorias de moda (principalmente CASTILHO, 2006; SIMMEL, 2008; BARTHES, 2005 e LIPOVETSKY, 2009) e dos estudos de gênero social (sobretudo FLAX, 1991; SCOTT, 1900 e BUTLER, 1998). A pesquisa realizada com base nestes pressupostos, permite concluir que o sistema de moda, por ser um produto dotado de valores simbólicos, além de cumprir com as questões tradicionais de adorno, pudor e proteção, age como um ato de significação profundamente cultural e social.
Descargas
Citas
AMARAL, Maria Adelaide. Mademoiselle Chanel.São Paulo: Globo, 2004.
BALDINI, Massimo. A invenção da moda:as teorias, os estilistas, a história. Tradução de Sandra Escobar. Lisboa: Edições 70, 2006.
BARTHES, Roland. (1995). Inéditos, vol. 3: imagem e moda. Tradução de Ivone Castilho Benedetti. São Paulo: Martins Fontes, 2005.
_______. (1967). Sistema da moda. Tradução de Ivone Castilho Benedetti. São Paulo: Editora Martins Fontes, 2009.
BUTLER, Judith. Fundamentos contingentes: o feminismo e a questão do pós-modernismo. Tradução de Pedro Maia Soares. Cadernos Pagu, n.11, p. 11-42, 1998.
CASTILHO, Kathia. Moda e linguagem. São Paulo: Anhembi Morumbi, 2006.
CRANE, Diana. (2000). A moda e seu papel social:classe, gênero e identidade das roupas. Tradução Cristiana Coimbra. São Paulo: SENAC São Paulo, 2006.
FLAX, Jane. Pós-modernismo e as relações de gênero na teoria feminista. Tradução de Carlos A. de. C. Moreno. In: HOLLANDA, Heloísa Buarque de (org.). Pós-modernismo e política. Rio de Janeiro: Rocco, 1991. p. 217- 250.
LIPOVETSKY, Gilles. A terceira mulher:permanência e revolução do feminino. Tradução de Maria Lúcia Machado. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.
_______. (1987). O Império do Efêmero: a moda e seu destino nas sociedades modernas. Tradução de Maria Lúcia Machado. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.
LIPOVETSKY, Gilles; ROUX, Elyette. O luxo eterno: da idade do sagrado ao tempo das marcas. Tradução de Maria Lúcia Machado. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.
PALOMO-LOVINSKY, Noel. Estilistas de moda mais influentes do mundo: a história e a influência dos eternos ícones da moda. Tradução de Rodrigo Popotic. São Paulo: Girassol, 2010.
SANT’ANNA, Mara Rúbia. Sociedade, imagem e consumo. São Paulo: Estação das Letras e Cores, 2014.
SCOTT, Joan. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Tradução de Christine Rufino Dabat e Maria Betânia Ávila. Educação e Realidade, v.16, n. 2, p. 5-22, jul./dez. 1990.
SIMMEL, Georg. (1905) Filosofia da moda e outros escritos. Tradução de Artur Morão.Lisboa: Edições Texto e Grafia Ltda., 2008.
SVENDSEN, Lars. (2004). Moda: uma filosofia. Tradução de Maria Luiza X de A. Borges. Rio de Janeiro: Zahar, 2010.
THOME, Candy Florêncio. A licença-paternidade como desdobramento da igualdade de gênero – um estudo comparativo entre o Brasil e a Espanha. Revista LTr, v. 74, n. 07, jul. 2010, p. 832-838.
VEBLEN, Thorstein. (1899). A teoria da classe ociosa. Tradução de Olívia Krahenbuhl. São Paulo: Ática, 1974.
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2017 Letícia Formoso Assunção
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial 4.0.
O autor responsável pela submissão certifica que participou da concepção do trabalho, em parte ou na íntegra, que não omite quaisquer ligações ou acordos de financiamento entre os autores e companhias que possam ter interesse na publicação desse artigo. O autor certifica que o texto é original e que o trabalho, em parte ou na íntegra, ou qualquer outro trabalho com conteúdo substancialmente similar, de minha autoria, não foi enviado a outra revista e não o será enquanto sua publicação estiver sendo considerada pela Revista Poliedro, quer seja no formato impresso ou no eletrônico.
O autor responsável pela submissão representa todos os autores do trabalho e, ao enviar o artigo para a revista, está garantindo que tem a permissão de todos para fazê-lo. Da mesma forma, assegura que o artigo não viola direitos autorais e que não há plágio no trabalho. A revista não se responsabiliza pelas opiniões emitidas.
A Revista Poliedro é de acesso aberto (Open Access), sem que haja a necessidade de pagamentos de taxas, seja para submissão ou processamento dos artigos. A revista adota a definição da Budapest Open Access Initiative (BOAI), ou seja, os usuários possuem o direito de ler, baixar, copiar, distribuir, imprimir, buscar e fazer links diretos para os textos completos dos artigos nela publicados.
Todos os artigos da Revista Poliedro são publicados com a licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional. Os autores mantém os direitos autorais sobre suas produções, devendo ser contatados diretamente se houver interesse em uso comercial dos trabalhos.