Design(er) não soluciona problemas: uma crítica epistemológica contra-hegemônica

Autores

  • Jéssica Dalcin da Silva Universidade Federal de Santa Maria
  • Jerônimo Strehl Universidade Paulista

DOI:

https://doi.org/10.15536/2594-4398.2019.v3.n3.pp.004-018.999

Resumo

 

Resumo: O design(er), ao permear entre ideais humanistas e consumistas, reflete uma ideologia dominante e suas resistências contra-hegemônicas, e seu olhar não está livre de distorções. À parte da banalização no senso comum, é preocupante a supervalorização do discurso do campo: ‘solucionar problemas’. Este entendimento utópico resulta em ação impositiva, no mínimo, condescendente. Ao discordar deste viés que gera imprecisões epistemológicas nos ambientes acadêmico e profissional, faz-se uma busca ontológica através do cerne do design atual – centrado no humano; entendido como atividade projetual; presente em todas as pessoas – de modo a apresentar o vislumbre de que design não é uma abordagem para o outro e para o objeto, mas sim com o outro: posicionamento empático e socialmente responsável.

Palavras-chave: Formação. Projeto. Solução.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

BONSIEPE, Gui. Design, cultura e sociedade. São Paulo: Blucher, 2011.

BOUTINET, Jean-Pierre. Antropologia do projeto. Porto Alegre: Artmed, 2002.

BROWN, Tim. Design Thinking. São Paulo: Campus, 2010.

CHAVES, Norbert. El oficio de diseñar: propuestas a la conciencia crítica de los que comienzan. Gustavo Gili: Barcelona, 2001.

CLAEYS, Gregory. Utopia: A história de uma ideia. Tradução Pedro Barros. São Paulo: Sesc SP, 2013.

DENIS, Rafael Cardoso. Uma Introdução à História do Design. São Paulo: Edgard Blücher, 2000.

DORMER, Peter. Os significados do design moderno: a caminho do século XXI. Porto: Centro Português de Design, 1995.

ERLHOFF, Michael; MARSHALL, Timothy (org.). Design Dictionary: Perspectives on Design Terminology. Berlin: Birkhäuser, 2007.

ESCOREL, Ana Luiza. O Efeito Multiplicador do Design. São Paulo: Senac, 2000.

FARIA, Ernesto (Org.). Dicionário Escolar Latino-Português. Rio de Janeiro: MEC, 1962.

FLUSSER, Vilém. O universo das imagens técnicas: elogio da superficialidade. São Paulo: Annablume, 2008.

FOUCAULT, Michel. Em defesa da sociedade. Tradução Maria Ermantina Galvão. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2010.

GOMES, Alair et al. O Desenho Industrial no Brasil. Rio de Janeiro: MUDES/ILARI, 1970.

GOMES, Luiz Vidal. Desenhando. Santa Maria: UFSM, 1998.

HOUAISS, Antônio. Dicionário Eletrônico Houaiss da língua portuguesa. Objetiva, 2009. CD-ROM.

KRIPPENDORFF, Klaus. Propositions of human-centeredness; A philosophy for design. In D. Durling & K. Friedman (Eds.), Doctoral education in design: Foundations for the future: Proceedings of the conference held 8-12 July 2000, La Clusaz, France (pp. 55-63). Staffordshire (UK): Staffordshire University Press, 2000.

LANDIM, Paula da Cruz. Design, empresa, sociedade. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2010.

LATOUR, Bruno. Um Prometeu cauteloso? Alguns passos rumo a uma filosofia do design (com especial atenção a Peter Sloterdijk). Agitprop: revista brasileira de Design, São Paulo, v. 6, n. 58, jul./ago. 2014, p. 1-20.

MORE, Thomas. Utopia. Tradução Anah de Melo Franco. Brasília: Editora UnB, FUNAG/IPRI, 2004.

NEUMEIER, Marty. A Empresa Orientada pelo Design. Tradução Felix José Nonenmacher. Porto Alegre: Bookman, 2010.

OLLIVIER, Bruno. As ciências da comunicação: teorias e aquisições. São Paulo: Senac, 2012.

OOSTERLING, Henk. Dasein as Design: or must design save the world? Rotterdam: Premsela, 2009.

PAPANEK, Victor. Design for the real world: Human Ecology and Social Change. New York: Bantam Books, 1973.

PIGNATARI, Décio. Informação. Linguagem. Comunicação. São Paulo: Perspectiva, 1976.

SANTAELLA, Lúcia. Estética de Platão a Pierce. São Paulo: Experimento, 1994.

VASSÃO, Caio Adorno. Metadesign: ferramentas, estratégias e ética para a complexidade. São Paulo: Blucher, 2010.

Publicado

2019-12-27

Como Citar

DA SILVA, J. D.; STREHL, J. Design(er) não soluciona problemas: uma crítica epistemológica contra-hegemônica. Revista Poliedro, Pelotas, Brasil, v. 3, n. 3, p. 004–018, 2019. DOI: 10.15536/2594-4398.2019.v3.n3.pp.004-018.999. Disponível em: https://periodicos.ifsul.edu.br/index.php/poliedro/article/view/999. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

Artigos