Design(er) não soluciona problemas: uma crítica epistemológica contra-hegemônica
DOI:
https://doi.org/10.15536/2594-4398.2019.v3.n3.pp.004-018.999Resumo
Resumo: O design(er), ao permear entre ideais humanistas e consumistas, reflete uma ideologia dominante e suas resistências contra-hegemônicas, e seu olhar não está livre de distorções. À parte da banalização no senso comum, é preocupante a supervalorização do discurso do campo: ‘solucionar problemas’. Este entendimento utópico resulta em ação impositiva, no mínimo, condescendente. Ao discordar deste viés que gera imprecisões epistemológicas nos ambientes acadêmico e profissional, faz-se uma busca ontológica através do cerne do design atual – centrado no humano; entendido como atividade projetual; presente em todas as pessoas – de modo a apresentar o vislumbre de que design não é uma abordagem para o outro e para o objeto, mas sim com o outro: posicionamento empático e socialmente responsável.
Palavras-chave: Formação. Projeto. Solução.
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