O imaginário do design: ensaio filosófico sobre os discursos do design

Autores

  • Marcos Namba Beccari Universidade Federal do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.15536/2594-4398.2017.v1.n01.pp.65-83

Resumo

Este artigo apresenta uma reflexão filosófica a respeito das proposições que engendram os discursos paradigmáticos do design. Após uma breve contextualização do discurso funcionalista, discorro sobre algumas distinções (natureza x artifício, design x arte) que servem como princípios de uma mesma campanha que busca pleitear “seriedade” ao design. Por fim, proponho que a dimensão estética do design oferece uma imagem do que somos socialmente, como compreensão sensível das mediações simbólicas que nos perfazem. O objetivo geral, portanto, é problematizar o imaginário do design, contrapondo a imagem que os designers fazem de si mesmos à amplitude que o design assume enquanto modo de ser contemporâneo.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ALMEIDA, R. de. Artifício e natureza: a multiplicidade dos modos de existência. In: PAGOTTO-EUZEBIO, M. S.; ALMEIDA, R. de (orgs.). Sobre a ideia do humano. São Paulo: Képos, 2012, p. 73-87.

ARNHEIM, R. Arte e percepção visual: uma psicologia da visão criadora. São Paulo: Pioneira, 1992.

BAUDRILLARD, J. Para uma crítica da economia política do signo. Rio de Janeiro: Elfos, 1995.

BECCARI, M. Articulações simbólicas: uma nova filosofia do design. Teresópolis: 2AB, 2016.

BERTIN, J. Semiology of Graphics. Madison, Wisconsin: University of Wisconsin Press, 1983.

CARDOSO, R. Design para um mundo complexo. São Paulo: Cosac Naify, 2012.

DONDIS, D. A. Sintaxe da linguagem visual. São Paulo: Martins Fontes, 2007.

FLUSSER, V. Uma filosofia do design: a forma das coisas. Lisboa: Relógio D’Água, 2010.

FOUCAULT, M. A ordem do discurso. São Paulo: Loyola, 1996.

GROPIUS, W. Bauhaus: Novarquitetura. São Paulo, Perspectiva, 1994.

HABERMAS, J. O Futuro da Natureza Humana. São Paulo: Martins Fontes, 2004.

HELFAND, J.; HELLER, S.; POYNOR, R. (orgs.). Textos clássicos do design gráfico. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2010.

LATOUR, B. Um Prometeu cauteloso? Alguns passos rumo a uma filosofia do design (com especial atenção a Peter Slotedijk). Agitprop: revista brasileira de design, São Paulo, v. 6, n. 58, jul./ago. 2014. Disponível em: http://filosofiadodesign.com/wp-content/uploads/2014/10/Prometeucauteloso.pdf. Acesso em: 11 ago. 2016.

MARGOLIN, V. The Politics of the Artificial. Chicago: The University of Chicago Press, 2002.

MEGGS, P. B. História do design gráfico. São Paulo: Cosac Naify, 2009.

NIETZSCHE, F. Genealogia da moral: uma polêmica. São Paulo: Companhia das Letras, 1998

_______. Além do bem e do mal: prelúdio a uma filosofia do futuro. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.

ONFRAY, M. A potência de existir: manifesto hedonista. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2010.PAPANEK, V. Design for the Real World: human ecology and social change. New York: Pantheon, 1971.

QUINTAVALLE, A. C. Design: o falso problema das origens. In: . Design em aberto: uma antologia. Lisboa: Centro Português de Design, 1993.

RABELO, R. A arte na filosofia madura de Nietzsche. Londrina: Eduel, 2013.

ROSSET, C. Alegria: a força maior. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 2000.

SLOTERDIJK, P. Regras para o parque humano: uma resposta à carta de Heidegger sobre o humanismo. São Paulo: Estação Liberdade, 2000.

_______. Esferas III - Espumas: Esferologia Plural. Madrid: Siruela, 2006.

WONG, W. Princípios de forma e desenho. São Paulo: Martins Fontes, 1998.

Publicado

2017-09-08

Como Citar

BECCARI, M. N. O imaginário do design: ensaio filosófico sobre os discursos do design. Revista Poliedro, Pelotas, Brasil, v. 1, n. 01, p. 065–083, 2017. DOI: 10.15536/2594-4398.2017.v1.n01.pp.65-83. Disponível em: https://periodicos.ifsul.edu.br/index.php/poliedro/article/view/749. Acesso em: 16 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos