O processo de (des)humanização em Guimarães Rosa e Mia Couto
uma análise de “Conversa de bois” e “O dia em que explodiu Mabata-bata”
DOI:
https://doi.org/10.15536/thema.V21.2022.643-652.1343Palavras-chave:
Literatura, Humanização, Desumanização, Guimarães Rosa, Mia Couto.Resumo
Este texto consiste em uma análise comparativa entre os contos Conversa de bois, de João Guimarães Rosa, e O dia em que explodiu Mabata-bata, de Mia Couto, a fim de identificar os processos de desumanização aos quais estão submetidas as duas crianças dessas narrativas; e posteriormente, os processos de humanização que são desencadeados por meio da ação dos bois presentes nos dois contos. Essa análise fundamenta-se nas concepções teóricas de Ernest Fischer e Antonio Candido sobre a função humanizadora da arte, de modo geral, e da literatura, de forma mais específica; como também baseia-se no pensamento de Benjamin Abdala Júnior sobre a existência de um macrossistema literário constituído pelas literaturas de língua portuguesa. Deste modo, a presente análise constata, nos dois contos, a existência de uma relação tríade entre homens, crianças e bois, que condiciona os processos de desumanização, e suas consequentes ações humanizadoras.
Palavras-chave: Literatura; humanização; desumanização; Guimarães Rosa; Mia Couto.
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