Um lugar para a Filosofia?
Palavras-chave:
Filosofia, Educação Profissional, Cidadania, TrabalhoResumo
De que modo pode a Filosofia integrar-se às demais disciplinas da grade curricular dos cursos técnicos do IFSul? E como se insere uma disciplina como essa em instituições de ensino que têm tradicionalmente como foco o ensino tecnológico e profissionalizante, como são os Institutos Federais? Primeiramente, a Filosofia poderia contribuir na formação do profissional egresso, desenvolvendo-lhe competências relacionadas ao filosofar, em especial as relacionadas ao raciocínio abstrato e à comunicação, o que poderia vir a fazer a diferença no mercado de trabalho. Assim, os Institutos Federais ofereceriam um ensino de excelência com o objetivo de formar o técnico mais bem qualificado possível ao mercado de trabalho. Todavia, o aparelhamento técnico de nossos jovens, embora essencial para o desenvolvimento do País, não pode apresentar-se como a preocupação prioritária dos educadores, pois é fundamental considerar-se a formação integral da pessoa humana. Qual educação, afinal, queremos? E qual o papel da escola pública em nossa sociedade? O direcionamento unilateral à qualificação profissional pode levar-nos à formação de uma espécie de “superpeão”. A escola não pode ser serva do mercado. Ela tem o papel maior de agente de questionamento e transformação da sociedade. A concepção de Ensino Médio Técnico-Integrado nos parece orientar-se antes para a formação “integral” do cidadão, da pessoa em sua totalidade. O trabalho não é apenas uma relação econômica, mas também ética, política e estética. Deve ser uma forma de realização, de humanização do mundo, e não de coisificação do homem. É sempre possível pensar nossos espaços de educação formal como um compartilhar humano de sentidos, de afetos, de vivências, de posturas, de identidades. A esses espaços deverá a qualificação técnica sempre agregar-se, jamais sobrepor-se.
Downloads
Downloads
Como Citar
Edição
Seção
Licença
DECLARAÇÃO DE RESPONSABILIDADE: Certifico que participei da concepção do trabalho, em parte ou na íntegra, que não omiti quaisquer ligações ou acordos de financiamento entre os autores e companhias que possam ter interesse na publicação desse artigo. Certifico que o texto é original e que o trabalho, em parte ou na íntegra, ou qualquer outro trabalho com conteúdo substancialmente similar, de minha autoria, não foi enviado a outra revista e não o será enquanto sua publicação estiver sendo considerada pela Revista Thema, quer seja no formato impresso ou no eletrônico.
O autor responsável pela submissão representa todos os autores do trabalho e, ao enviar o artigo para a revista, está garantindo que tem a permissão de todos para fazê-lo. Da mesma forma, assegura que o artigo não viola direitos autorais e que não há plágio no trabalho. A revista não se responsabiliza pelas opiniões emitidas.
A Revista Thema é de acesso aberto (Open Access), sem que haja a necessidade de pagamentos de taxas, seja para submissão ou processamento dos artigos. A revista adota a definição da Budapest Open Access Initiative (BOAI), ou seja, os usuários possuem o direito de ler, baixar, copiar, distribuir, imprimir, buscar e fazer links diretos para os textos completos dos artigos nela publicados.
Todos os artigos são publicados com a licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional. Os autores mantém os direitos autorais sobre suas produções, devendo ser contatados diretamente se houver interesse em uso comercial dos trabalhos.