A sala de aula invertida na universidade pública Brasileira: evidências da prática em uma licenciatura em ciências exatas

Autores

  • Marcelo Valério Universidade Federal do Paraná campus Jandaia do Sul http://orcid.org/0000-0003-2107-6023
  • Ana Lucia Olivo Rosas Moreira Universidade Estadual de Maringá
  • Bárbara Cândido Braz Universidade Federal do Paraná campus Jandaia do Sul
  • William Junior do Nascimento Universidade Federal do Paraná campus Jandaia do Sul

DOI:

https://doi.org/10.15536/thema.16.2019.195-211.1159

Palavras-chave:

Metodologias ativas, ensino centrado no estudante, ensino de Física, ensino de Matemática.

Resumo

Sob premissas de centralização do processo ensino-aprendizagem no estudante e do rompimento com a tradição expositiva, a sala de aula invertida (SAI) se apresenta como uma tendência educacional no ensino superior. Nesse modelo didático, os alunos estudam antecipadamente os conteúdos, a partir de materiais preparados e encaminhados pelo professor, e destinam o tempo em sala para a operacionalização do conhecimento por meio de metodologias ativas. Os resultados das pesquisas com estudantes estrangeiros são significativos e vêm tendo forte repercussão acadêmica, particularmente nas ciências exatas. No entanto, permanecem insuficientes as evidências colhidas com professores e em contextos peculiares, como o das universidades públicas no Brasil. Este artigo relata duas experiências com a SAI, no primeiro semestre de 2017, nas disciplinas Geometria Analítica e Física Introdutória de um curso de Licenciatura em Ciências Exatas. Com intenção vicária e exemplar, os docentes responsáveis compartilham sua familiaridade com a proposta, descrevem suas opções metodológicas, e apresentam evidências da prática que sugerem potencialidades e desafios para a adoção e a implementação da SAI.

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Biografia do Autor

Marcelo Valério, Universidade Federal do Paraná campus Jandaia do Sul

Professor da Universidade Federal do Paraná, campus avançado de Jandaia do Sul/PR, onde leciona para as Licenciaturas de Computação e Licenciatura em Ciências Exatas (Química, Física e Matemática). É Graduado (Bacharel e Licenciado) em "Ciências Biológicas", Mestre em "Educação Científica e Tecnológica" e Doutorando em "Educação para a Ciência". Membro da Diretoria da Associação Brasileira de Ensino de Biologia (SBEnBio), Regional 3 (RS/SC/PR). Detém experiência também na Educação Básica e em trabalhos de assessoria pedagógica e suporte editorial. Possui produção bibliográfica e técnica em diversos campos da Educação, atualmente se dedicando à pesquisa e à atividade extensionista sobre "formação de professores" e "metodologias de ensino"

Ana Lucia Olivo Rosas Moreira, Universidade Estadual de Maringá

Possui graduação em Licenciatura Plena Em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Maringá (1979), mestrado em Botânica pela Universidade Federal do Paraná (1990); doutorado em Ciências pela Universidade Federal de São Carlos (2004) e Pós-Doutorado pela Universidade do Estado do Paraná- UNESPAR do campus de Paranavaí e pelo Instituto de Educação da Universidade de Lisboa. Professora Associada da Universidade Estadual de Maringá atua na graduação na área de Ensino de Ciências e Biologia e no Programa de Pós-Graduação em Educação para a Ciência e a Matemática. Atua principalmente nos seguintes temas: educação ambiental, temas controversos, formação de professores, processo de ensino e aprendizagem de ciências e biologia, avaliação escolar e área de preservação permanente. É vice-coordenadora do Programa de Proteção e Educação em Unidade de Conservação e Áreas Especialmente Protegidas - PROEDUCON.

Bárbara Cândido Braz, Universidade Federal do Paraná campus Jandaia do Sul

Licenciada em Matemática pela Universidade Estadual do Paraná, campus de Campo Mourão (2011), Mestra pelo Programa de Pós-graduação em Educação para a Ciência e a Matemática (2014) da Universidade Estadual de Maringá e Doutora em Educação para a Ciência e a Matemática (PCM/UEM, 2017) . Atualmente, é professora na Universidade Federal do Paraná - UFPR - campus avançado de Jandaia do Sul. Atua na área de Educação Matemática, com ênfase em Modelagem Matemática, Teoria Social da Aprendizagem e Comunidade de Prática. É membro do Grupo Interdisciplinar de Estudos e Pesquisas em Modelagem na Educação Matemática - GIEMEM (UEM

William Junior do Nascimento, Universidade Federal do Paraná campus Jandaia do Sul

Possui licenciatura plena e bacharelado em Física pela Universidade Estadual de Maringá - UEM (2006) e mestrado em Física aplicada pela mesma instituição (2008), onde desenvolveu pesquisa no grupo de estudos de preparação e caracterização de materiais, através do método de metalurgia do pó. Realizou o doutorado pela Universidade Federal de São Carlos ? UFSCar (2013), no Grupo de Cerâmicas Ferroelétricas (GCFerr), desenvolvendo pesquisa voltada a preparação e caracterização de materiais nanoestruturados multiferrôicos, através das técnicas de sinterização convencional, fast sintering, two-step sintering e Spark Plasma Sintering, obtendo experiência na área de Física da Matéria Condensada. Realizou Pós-Doutorado pela Universidade Federal de São Carlos ? UFSCar desenvolvendo pesquisa na obtenção de materiais nanoestruturados. Atualmente, atua como professor adjunto 1 e coordenador do Curso de Licenciatura em Ciências Exatas pela Universidade Federal do Paraná, Campus Avançado de Jandaia do Sul. Atua como docente permanente do Programa de Mestrado Profissional em Ensino da Universidade Estadual do Norte do Paraná - PPGEN/UENP

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Publicado

2019-05-01

Como Citar

VALÉRIO, M.; MOREIRA, A. L. O. R.; BRAZ, B. C.; NASCIMENTO, W. J. do. A sala de aula invertida na universidade pública Brasileira: evidências da prática em uma licenciatura em ciências exatas. Revista Thema, Pelotas, v. 16, n. 1, p. 195–211, 2019. DOI: 10.15536/thema.16.2019.195-211.1159. Disponível em: https://periodicos.ifsul.edu.br/index.php/thema/article/view/1159. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

Seção

Ciências Humanas