Uma cultura mutante: o chimarrão e seus artefatos analisados sob o viés do design vernacular e do imaginário
DOI:
https://doi.org/10.15536/2594-4398.2017.v1.n01.pp.29-47Resumo
O chimarrão sofre ao longo do tempo mudanças, tanto no seu simbolismo quanto na forma dos artefatos necessários à sua utilização. Essas incorporações servem como uma rica fonte de pesquisa ao design vernacular e aos estudos do imaginário. Neste artigo trazemos uma síntese analítica sobre aspectos culturais, imaginários, simbólicos e técnicos do chimarrão através de pesquisa bibliográfica e iconográfica, no âmbito da hermenêutica simbólica - que se define como interpretação compreensiva do sentido das produções e memórias humanas (RICOEUR, 2009; DURAND, 1996), buscando-se contextualizar sua utilização nos dias atuais. As conclusões revelam que os grupos e as segmentações de uso, em um tempo histórico, sempre interpretam e reelaboram aquilo que neste campo lhes é oferecido, transformando esses artefatos em elementos heterogêneos.
Downloads
Referências
ARÉVALO, J. M. La tradición, el patrimonio y la identidad.Revista de estudios extremeños. Volume 60, número 3. Espanha: Editora da Diputación de Badajoz, 2004.
ASSUNÇÃO, Fernando O. El mate. Motevideo: Arca, 1967.
BACHELARD, Gaston. A poética do devaneio. São Paulo: Martins Fontes, 2009.
_______. O novo espírito científico. Lisboa: Edições 70, 2008.
_______. A poética do espaço. São Paulo: Martins Fontes, 1993.
BONES DA COSTA, Elmar. História ilustrada do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: RBS Publicações, 2004.
CARDOSO, Rafael. Design para um mundo complexo. São Paulo: Cosac Naify, 2013.
DURAND, Gilbert. A imaginação Simbólica. Lisboa: Edições 70, 1993.
_______. As estruturas antropológicas do imaginário: introdução à arquetipologia geral. Martins Fontes, 2002.
_______. Campos do imaginário. Lisboa: Instituto Piaget, 1996.
DURHAM, Eunice R. A dinâmica da cultura: ensaios de antropologia. São Paulo: Cosac Naify, 2004.
FAGUNDES, Glênio Cabral Portela. Cevando mate. Porto Alegre: Habitasul, 1980.
FINIZOLA, F. Tipografia vernacular urbana: uma análise dos letreiramentos populares. São Paulo: Blucher. 2010.
FORTY, Adrian. Objeto de desejo: design e sociedade desde 1750, São Paulo: Cosac Naify, 2013.
GADAMER, Hans-Georg. Verdade e método. Petrópolis, RJ: Vozes, 2011.
GEERTZ, Clifford. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro, LTC, 2012.
HOBSBAWN, Eric. A invenção das tradições. São Paulo: Paz e Terra, 2015.
LESSA, Luiz Carlos Barbosa. História do Chimarrão. Porto Alegre: Sulina, 1986.
LINHARES, Temístocles. História econômica do mate. Rio de Janeiro: José Olympio, 1969.
MEGGS, Philip. História do design gráfico. São Paulo: Cosac & Naify, 2010.
METALOPÉDIA; Metalurgia. Ligas Metálicas. Metais. “Aço Inoxidável”. “Alpaca”. “Latão”. “Ferro”. Disponível em <https://bit.ly/3baQPbL>. Acesso em 02 de dezembro de 2016.
RAMIL, Vitor. Chimarrão. In: Délibáb. Rio de Janeiro: Cia dos Técnicos, 2008. 1 CD.
RICCA, Javier. El Mate. Buenos Aires: Sudamericana, 2009.
RICOEUR, Paul. A Metáfora Viva. São Paulo: Edições Loyola, 2005.
_______. Hermenêutica e Ideologias. Petrópolis: Vozes, 2013.
_______. Teoria da Interpretação. Lisboa: Edições 70, 2009.
SAINT-HILAIRE, Auguste. Viagem ao Rio Grande do Sul, 1820-1821. Belo Horizonte: Itatiaia, 1999.
_______. Viagem ao Rio Grande do Sul. Tradução de Adroaldo Mesquita da Costa. Brasília: Conselho Editorial do Senado Federal, 2002. Disponível em <https://bit.ly/3kDAKhU>. Acesso em 15 fev. 2013.
TUBINO, Wilson. Os mistérios ocultos do chimarrão: aspectos místicos da erva-mate. Porto Alegre: Evangraf, 2001.
VILLANUEVA, Amaro. El Mate. Buenos Aires: Nuevo Siglo, 1995.
WUNENBURGER, Jean-Jacques. O imaginário. São Paulo: Loyola, 2007.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2017 Alexandre Vergínio Assunção, Rafael Klumb Arnoni, Luiz Antônio Pereira Machado Júnior
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
O autor responsável pela submissão certifica que participou da concepção do trabalho, em parte ou na íntegra, que não omite quaisquer ligações ou acordos de financiamento entre os autores e companhias que possam ter interesse na publicação desse artigo. O autor certifica que o texto é original e que o trabalho, em parte ou na íntegra, ou qualquer outro trabalho com conteúdo substancialmente similar, de minha autoria, não foi enviado a outra revista e não o será enquanto sua publicação estiver sendo considerada pela Revista Poliedro, quer seja no formato impresso ou no eletrônico.
O autor responsável pela submissão representa todos os autores do trabalho e, ao enviar o artigo para a revista, está garantindo que tem a permissão de todos para fazê-lo. Da mesma forma, assegura que o artigo não viola direitos autorais e que não há plágio no trabalho. A revista não se responsabiliza pelas opiniões emitidas.
A Revista Poliedro é de acesso aberto (Open Access), sem que haja a necessidade de pagamentos de taxas, seja para submissão ou processamento dos artigos. A revista adota a definição da Budapest Open Access Initiative (BOAI), ou seja, os usuários possuem o direito de ler, baixar, copiar, distribuir, imprimir, buscar e fazer links diretos para os textos completos dos artigos nela publicados.
Todos os artigos da Revista Poliedro são publicados com a licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional. Os autores mantém os direitos autorais sobre suas produções, devendo ser contatados diretamente se houver interesse em uso comercial dos trabalhos.