Uma cultura mutante: o chimarrão e seus artefatos analisados sob o viés do design vernacular e do imaginário

Autores

  • Alexandre Vergínio Assunção Instituto Federal Sul-rio-grandense https://orcid.org/0000-0002-7799-3165
  • Rafael Klumb Arnoni
  • Luiz Antônio Pereira Machado Júnior

DOI:

https://doi.org/10.15536/2594-4398.2017.v1.n01.pp.29-47

Resumo

O chimarrão sofre ao longo do tempo mudanças, tanto no seu simbolismo quanto na forma dos artefatos necessários à sua utilização. Essas incorporações servem como uma rica fonte de pesquisa ao design vernacular e aos estudos do imaginário. Neste artigo trazemos uma síntese analítica sobre aspectos culturais, imaginários, simbólicos e técnicos do chimarrão através de pesquisa bibliográfica e iconográfica, no âmbito da hermenêutica simbólica - que se define como interpretação compreensiva do sentido das produções e memórias humanas (RICOEUR, 2009; DURAND, 1996), buscando-se contextualizar sua utilização nos dias atuais. As conclusões revelam que os grupos e as segmentações de uso, em um tempo histórico, sempre interpretam e reelaboram aquilo que neste campo lhes é oferecido, transformando esses artefatos em elementos heterogêneos.

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Publicado

2017-09-08

Como Citar

ASSUNÇÃO, A. V.; ARNONI, R. K.; MACHADO JÚNIOR, L. A. P. Uma cultura mutante: o chimarrão e seus artefatos analisados sob o viés do design vernacular e do imaginário. Revista Poliedro, Pelotas, Brasil, v. 1, n. 01, p. 029–047, 2017. DOI: 10.15536/2594-4398.2017.v1.n01.pp.29-47. Disponível em: https://periodicos.ifsul.edu.br/index.php/poliedro/article/view/747. Acesso em: 29 mar. 2024.

Edição

Seção

Artigos