Uma breve análise sobre o estágio remunerado: ato educativo ou força de trabalho precarizada?

Autores

  • Angelita Carvalho de Oliveira de Freitas Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-rio-grandense http://orcid.org/0000-0003-1291-5067
  • Márcia Helena Sauaia Guimarães Rostas Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-rio-grandense, IFSul. http://orcid.org/0000-0003-4949-0023
  • Rafael Montoito Teixeira Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-rio-grandense, IFSul. http://orcid.org/0000-0002-3294-3711

DOI:

https://doi.org/10.15536/reducarmais.4.2020.442-450.1921

Palavras-chave:

Estágio, Trabalho, Precarização, Flexibilização.

Resumo

O presente trabalho corresponde à fase inicial de uma pesquisa que elege para estudo a categoria estágio remunerado e tem como objetivo traçar uma breve discussão sobre o que o caracteriza e qual sua relação entre os atos educativo e laboral. Para desenvolver a pesquisa aplicamos um questionário, contendo quatorze perguntas, abertas e fechadas, para um grupo de seis estagiários do setor de manutenção de redes e computadores do IFSul – Campus Pelotas. Após, utilizamos como técnica de análise de dados a análise interpretativa buscando, indícios de precarização e exploração de mão de obra, através das motivações que levaram estes jovens a procurar o estágio e de que maneira ocorre seu relacionamento com os demais trabalhadores. Estes indícios apareceram na forma de hierarquia, diferença salarial frente a diferença ou igualdade de responsabilidades durante a prática do estágio dentre outras categorias que serão comentadas. A partir das respostas, constatamos que há, nesse grupo especificamente, indícios de precarização e exploração de mão de obra e que o estágio, nesse caso, deixa de lado sua função pedagógica.

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Referências

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Publicado

2020-09-08

Como Citar

Freitas, A. C. de O. de, Rostas, M. H. S. G., & Teixeira, R. M. (2020). Uma breve análise sobre o estágio remunerado: ato educativo ou força de trabalho precarizada?. Revista Educar Mais, 4(2), 442–450. https://doi.org/10.15536/reducarmais.4.2020.442-450.1921

Edição

Seção

Artigos