Processos formativos mediados por tecnologias emergentes no estado de Rondônia em tempos de pandemia: o que dizem os professores?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15536/reducarmais.5.2021.2140

Palavras-chave:

Formação de professores, Ensino Remoto Emergencial, Mediação, Tecnologias Emergentes, Pandemia de COVID-19

Resumo

Esta pesquisa investigou, a partir das percepções dos (denominados) professores articuladores de um processo de formação continuada realizado em Rondônia, via Ensino Remoto Emergencial, limites e possibilidades que permearam o uso de tecnologias nesse processo. Adotou-se teoricamente o conceito vygotskiano de mediação e a perspectiva de Tecnologias Emergentes (TE) para discutir a problemática. Os dados, provenientes de um questionário online e de observação participante, foram analisados à luz da análise textual discursiva e produziram os seguintes achados: i. em uma perspectiva vygotskiana, as tecnologias utilizadas atuaram na condição de ferramentas e de signos na atividade mediadora formação remota; ii. as aprendizagens mais relevantes, segundo os professores, foram as relativas ao uso das TE durante as formações, mais mencionadas até do que os conteúdos trabalhados; iii. as principais dificuldades relatadas foram a conexão de internet ruim nos municípios e a falta de conhecimento sobre o uso das tecnologias pelos professores; iv. os docentes se mostraram conscientes da importância do domínio de tecnologias na condição de educadores e otimistas com relação ao seu uso pedagógico em um cenário pós-pandemia.

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Biografia do Autor

Rafael Fonseca de CASTRO, Universidade Federal de Rondônia (UNIR)

Doutor e Mestre em Educação pela UFPel, tendo realizado estágio doutoral na Universität Siegen (Alemanha) e participado do III International Summer University for PhD Students, realizado pela Moscow State University (Rússia). Possui graduação em Licenciatura em Pedagogia e em Bacharelado em Ciência da Computação (UCPel) e também é Especialista em Educação (UFPel) e em Linguagens Verbais e Visuais (IF-Sul). 

Professor do Departamento de Ciências da Educação da Universidade Federal de Rondônia (UNIR), desenvolve estudos sobre ensino e aprendizagem, formação de professores, Psicologia da Educação, metodologia de pesquisa, Tecnologias Emergentes, EaD, Gestão Escolar, Linguística Textual e Educação na Saúde. Está vinculado como Professor Permanente ao Mestrado Acadêmico em Educação (MEDUC) e ao Mestrado Profissional em Saúde da Família (ProfSaúde) da UNIR.

É líder do Grupo de Pesquisa HISTCULT " Educação, Psicologia Educacional e Processos Formativos" da UNIR, cujas linhas de pesquisa são 'Pesquisas Intervenção', 'Teoria Histórico-Cultural da Atividade', 'Produção de Saberes e a Formação Continuada de Professores' e 'Educação na Saúde'. Neste Grupo, é coordenador do Programa de Pesquisa “Educação e Psicologia Histórico-Cultural: investigações teórico-práticas de processos educativos na Amazônia Ocidental" e de Projetos de Pesquisa a ele vinculados.

Epifânia Barbosa da Silva, Universidade Federal de Rondônia (UNIR)

Mestranda em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE), Universidade Federal de Rondônia (UNIR). Supervisora Escolar da Secretaria de Educação de Rondônia (SEDUC/RO). Especialista em Assuntos Educacionais da Secretaria Municipal de Educação de Porto Velho (SEMED). Porto Velho/RO - Brasil.

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Publicado

2021-01-06

Como Citar

CASTRO, R. F. de, & Barbosa da Silva, E. (2021). Processos formativos mediados por tecnologias emergentes no estado de Rondônia em tempos de pandemia: o que dizem os professores?. Revista Educar Mais, 5(1), 7–24. https://doi.org/10.15536/reducarmais.5.2021.2140